Minuta de decreto é a 1ª prova de que o governo Bolsonaro cogitava golpe, avalia Lula e equipe da PF Defesa do Estado no TSE.
Mudar resultado eleitoral é a primeira prova de que o governo Jair Bolsonaro (PL) é considerado golpista e complica a situação do ex-presidente.
A avaliação é feita pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e investigadores da Polícia Federal.
Segundo os investigadores, o documento complica a vida do ex-ministro da Justiça e também do ex-presidente.
Dizem que na investigação os dois devem explicar o objetivo do decreto.
A PF, da qual Torres faz parte, considera pouco convincentes as declarações iniciais do ex-procurador-geral da República e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Torres afirma que o decreto foi uma proposta descartada Mas os investigadores lembram que ele tem que dizer quem foi o pai da ideia.
Depois que a existência do documento foi revelada, a direção do Palácio do Planalto formou a crença de que a primeira evidência era que não era apenas ameaçando Bolsonaro, mas planejando um golpe no país.
Mas, Bolsonaro cogitava golpe?
Pelo menos até o presente momento, não há como dizer se Bolsonaro cogitava golpe do dia 08 de janeiro ou não.
Mas tentar mudar o resultado das eleições foi uma tentativa, sim.
“É um elo da cadeia golpista“, falou o Ministro da Justiça, Flávio Dino.
É muito grave e é a materialidade que mostra o verdadeiro objetivo dos acontecimentos de 8 de janeiro, disse o ministro do Ministério Público, Jorge Messias.
Embora nas redes sociais, Torres negou que fosse do intenção do governo de diminuir o decreto, os comentários de Bolsonaro no ano passado confirmam que esse era um alvo pretendido, em que o agora ex-presidente disse que a eleição de Lula não era legítima e a pôs em dúvida.
Em outra área, a polícia acredita já ter provas contra os financiadores e organizadores do golpe de domingo e vai indiciá-los.
O governo Lula, por outro lado, defende a pressa em investigar para que os processos cheguem ao plenário do STF e os golpistas são condenados, novos ataques aos Três Poderes são descartados.