A partir do manhã do dia 29/12/2022, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em associação com a Polícia Federal, iniciou a operação Nero.
Assim, pretende-se apurar os casos de vandalismo ocorridos neste mês de dezembro. No caso, os envolvidos em tais crimes foram apoiadores do Governo Bolsonaro, muitos dos quais possuem a intenção de que Bolsonaro não saia do poder e traçam planos para impedir com que o Governo Lula comece no ano de 2023.
No entanto, os criminosos estão sendo enquadrados em diversas penalidades, entre elas:
- Dano qualificado;
- Incêndio majorado;
- Associação criminosa;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado.
Os mandados cumprem-se no DF e em sete estados: Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.
No dia 29/12/22, a operação policial buscou realizar 32 ordens judiciais expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra os suspeitos. Após a busca, o total de 4 suspeitos foram presos. Entre elas, candidatos a cargos públicos e pastores. Saiba quem são eles…
Os candidatos bolsonaristas e pastores presos
A bolsonarista Klio Hirano, ex-candidata à prefeita da cidade de Tupã (SP), foi presa na Operação Nero.
Ela recebeu 364 votos e foi a menos votada entre os candidatos. Klio tem 40 anos e é filha do fotógrafo Eizi Hirano, que tem o trabalho conhecido nacionalmente e fundou uma rede de lojas de impressão fotográfica. Ele morreu em abril de 2019 e o distrito industrial da cidade recebeu seu nome.
Ela era frequentadora do acampamento golpista de apoio ao presidente no Quartel-General do Exército em Brasília, onde estaria, segundo as postagens nas redes sociais desde o mês de novembro, após as eleições.
Além disso, Samuel Barbosa Cavalcante, 43, empresário e candidato a deputado estadual por Rondônia pelo PL, mesma chapa de Bolsonaro, da mesma forma foi preso pela Operação Nero. O empresário é considerado um dos suspeitos de comprar combustível no dia dos ataques. Na redes sociais, Samuel divulga vídeos de apoio a Jair Bolsonaro (PL). Até o momento, 40 envolvidos na tentativa de invasão ao edifício-sede da PF foram identificados.
Joel Pires Santana, de 40 anos, trabalha como juiz de paz no cartório de São Francisco do Guaporé (RO) e se apresenta também como pastor de uma igreja na cidade, onde ele foi preso.
Joel Pires Santana, pastor, também foi preso. Ele é Juiz de Paz, função a qual, segundo a legislação, é um juiz não concursado mas que pode desempenhar funções específicas, como a celebração de casamentos civis.
Por fim está o também pastor Átila Reginaldo Franco de Melo, 41, que foi capturado no bairro de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.