Joao Carvalho
A Netflix está planejando implementar uma nova medida para impedir o compartilhamento de senhas de conta. Segundo o jornal The Wall Street Journal, a empresa planeja começar a implementar essa mudança nos Estados Unidos no início de 2023.
Para usuários que acessam a conta de outro endereço IP ou dispositivo, a Netflix solicitará um código de verificação. Ele será enviado ao titular da conta principal e deve ser inserido em até 15 minutos. Além disso, a Netflix anunciou um novo plano mais acessível, no valor de R$18,90, que inclui anúncios e um catálogo mais limitado. Esse plano é uma tentativa da Netflix de inibir o compartilhamento de senhas.
Esta é a primeira vez que uma empresa de streaming tem tomado medidas para lidar com o compartilhamento de senhas de conta. Em dezembro passado, um dos CEOs da Netflix, Ted Sarandos, disse aos investidores que ele está ciente de que os consumidores “não vão gostar inicialmente” dessa nova política. De acordo com os analistas do banco de investimentos Cowen Inc., essa medida pode gerar uma receita adicional de US$ 721 milhões no próximo ano apenas para usuários dos EUA e Canadá.
Além disso, a Netflix sinalizou a possibilidade de mudanças na “cultura do compartilhamento” em 2019, quando observou uma queda no número de assinantes no segundo semestre. Na época, a empresa solicitou uma investigação interna para determinar a causa da queda e descobriu que o compartilhamento de senhas foi um dos fatores. Ademais, antes de decidir por essa medida, a Netflix considerou várias opções para evitar o compartilhamento de senhas. Elas incluem a autenticação com impressão digital ou reconhecimento facial, de acordo com o Forbes em outubro de 2022.
Novo Plano da Netflix como alternativa ao compartilhamento de senhas
O plano custa R$ 18,90 por mês e inclui anúncios antes e durante a exibição de filmes, séries e outros conteúdos do catálogo. A publicidade terá duração máxima de 4 a 5 minutos por hora de exibição, com cada anúncio de 15 a 30 segundos. Essa opção estará disponível em 12 países a partir de 3 de novembro.
O novo plano de assinatura mais barato conta com anúncios e um catálogo mais limitado. Os usuários desse pacote não poderão fazer download de conteúdo. A empresa registrou um aumento de 2,41 milhões de assinaturas no 3º trimestre, principalmente devido a 1,43 milhão de novos clientes na região Ásia-Pacífico. Além disso, a Walt Disney também anunciou planos de adicionar anúncios aos seus serviços de streaming Disney+, Hulu e ESPN+ a partir de 8 de dezembro, mas somente para os Estados Unidos.
Por fim, apesar da tentativa de alternativa para inibir o compartilhamento de senhas, o novo plano foi profundamente criticado, principalmente por contar com um catálago mais limitado.
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