Mourão convocou nesta sexta-feira (30/12/2022), toda a mídia televisiva e radiofônica a fim de realizar o discurso de despedida do atual governo.
De fato, o responsável prioritário a dar tal discurso não era o Genenal Hamilton Mourão (Republicanos), vice-presidente, mas sim de Jair Messias Bolsonaro (PL).
No entanto, o futuro ex-presidente decidiu embargar com a futura ex primeira-dama para o Estados Unidos junto com mais 5 assessores.
Nesse contexto, todo os gastos da viagem, inclusive o translado com aeronave do Governo Federal, vão para a conta dos bolsos públicos.
Além disso, o tempo de estadia ao qual Bolsonaro solicitou a verba é do dia 1º de janeiro até o dia 30 de janeiro. Ou seja, ele passará com toda a sua equipe em um outro país por 30 dias gastando dinheiro público, mesmo já não sendo mais presidente do Brasil.
De qualquer forma, Hamilton Mourão se prontificou para fazer o discurso de despedida em lugar de Bolsonaro.
A fala do General irá acontecer em rede nacional no dia 31/12/2022, às 20h horário de Brasília, pouco tempo antes da virada do ano para 2023.
Assim sendo, o discurso do militar, agora eleito senador do estado do Rio Grande do Sul, irá durar por volta de 7 minutos. Portanto, será uma fala relativamente breve.
Hamilton Mourão se nega a passar a faixa para Lula
De fato, sendo o segundo homem mais importante do poder executivo, na falta de Jair Bolsononaro, Mourão é quem ficaria responsável por passar a faixa presidencial à Lula.
Esse protocolo é algo bem tradicional após as eleições e sela o laço da democracia, mostrando que, apesar das diferenças, todos querem o bem da nação.
No entanto, todo o significado simbólico da transição não foi considerado por Bolsonaro. Ele artiu para os Estados Unidos sem fazer questão de participar da cerimônia.
Sobre a questão da faixa, Mourão disse o seguinte:
“Essa questão da faixa é um gesto simbólico do presidente da República que sai para o que entra. Não sou o presidente eleito. Se o Bolsonaro tivesse renunciado aí sim seria minha responsabilidade”
Por fim, o General completa:
“Eu considero isso (…) um ato simbólico da troca de comando. O presidente da República já sinalizou que não deve participar dessa cerimônia. Ao tomar essa decisão, não compete a mim participar, porque não sou o presidente”
Mourão, que é filiado ao partido Republicanos, assumirá em fevereiro uma vaga no Senado Federal pelo Rio Grande do Sul.