José Múcio, novo ministro da defesa, deu o que falar neste dia 02/01/2023.
Ele, que irá cuidar das causas de segurança pública junto com o ministro da Justiça Flávio Dino, posicionou de forma contraditória.
Afinal, no seu discurso ele pareceu defender as práticas dos bolsonaristas que acamparam em frentes aos quartéis-generais pelo Brasil afora.
Nesse sentido, ele se pronunciou da seguinte forma:
“Eu falo com autoridade porque tenho parentes lá. No de Recife, tenho alguns amigos aqui [Brasília]. É uma manifestação da democracia. A gente tem que entender que nem todos os adversários são inimigos, a gente tem até inimigos correligionários. Eu acho que daqui um pouquinho aquilo vai se esvair e chegar a um lugar que todos nós queremos.”
Múcio assume e gera contradição
Ao assumir o ministério da defesa, Múcio gerou contradição com seu discurso, após apoiar Bolsonaro:
Assim, no breve discurso que fez ao assumir o cargo, José Múcio Monteiro disse que vai buscar, “na direção política superior das Forças Armadas, coordenar esforços e assegurar meios e condições para que possam cumprir suas missões”.
“As Forças Armadas sempre se posicionaram a serviço da paz, da democracia, do respeito as instituições e da cooperação com seus vizinhos. Nossa história mostra que a Marinha, Exército e Aeronáutica são instituições do Estado”, disse.
Além disso, Múcio disse o seguinte:
“Chego com humildade, com profundo respeito à cultura e às tradições militares e com um compromisso sincero de me dedicar diuturnamente a contribuir para o cumprimento das missões institucionais da Marinha, do Exército, da Força Aérea e do Estado Maior Conjunto”, afirmou.
O ministro também conclamou civis e militares a trabalhar juntos para construir um país “mais justo, mais próspero e mais feliz”.
Aliado de Lula
José Múcio Monteiro Filho GOMM é um engenheiro civil e político brasileiro, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro. Foi ministro e presidente do Tribunal de Contas da União, tendo sido nomeado durante o governo Lula, no qual exerceu o cargo de ministro das Relações Institucionais.
Além disso, em 2009, se tornou ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e em 2018, foi eleito como presidente do TCU, para um mandato de um ano também com Lula.
Ou seja, a fala dele tomou uma direção de cunho conciliador. Dessa forma, espera-se que ele possa atuar com equilíbrio entre as forças aliadas de Bolsonaro e também de Lula, a fim de gerar paz e tranquilidade para a nação do Brasil.