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O Cartão Corporativo e as Motociatas de Bolsonaro

A quebra do Sigilo do Cartão Corporativo

O Cartão Corporativo e as Motociatas de Bolsonaro
O Cartão Corporativo e as Motociatas de Bolsonaro

O cartão corporativo da Presidência da República foi usado em 2021 e 2022 para ao menos 137 abastecimentos.

Gastos estes em postos de combustível em datas e cidades coincidentes com a realização das chamadas “motociatas”. Sobretudo patrocinadas por apoiadores de Jair Bolsonaro.

Nesses dois anos, o então presidente alavancou a realização desse tipo de evento. Geralmente pilotava moto sem capacete, seguido de vários apoiadores de cunho eleitoral e sem qualquer relação com a função pública que exercia.

Os valores debitados no cartão corporativo da Presidência incluem não só gastos diretos do presidente, mas da equipe que o acompanha. O saque aparece geralmente vinculado ao CPF de um assessor, mas não há informação sobre quem se beneficiou desses abastecimentos de combustível.

O ex-presidente participou em 2021 e 2022 de mais de 30 motociatas em praticamente todos os estados do país.

A quebra do Sigilo do Cartão Corporativo

A quebra do sigilo de 100 anos imposto por Jair Bolsonaro no detalhamento de seus gastos com o cartão corporativo revela um comportamento repetido em dias em que o ex-presidente realizava ‘motociatas’ em algumas cidades pelos estados do país.

Um dos exemplos aconteceu no dia 15 de abril de 2022. Na ocasião, Jair Bolsonaro e milhares de apoiadores, incluindo o então ministro e pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Jair e os demais saíram da capital paulista rumo a Americana em uma motociata.

Em 27 de dezembro, Bolsonaro gastou R$ 34.935,95 no posto. Mas, em 2 de janeiro, a conta mais do que duplicou, atingindo R$ 71.407,37. No segundo dia do ano, o então presidente fez um passeio de Jet Ski e encontrou apoiadores nas águas paulistas.

Por fim, os quatro anos de Bolsonaro no Palácio do Planalto, os gastos do cartão corporativo com combustíveis e manutenção de veículos chegou a ser cerca de R$ 720 mil.

Esse valor mais do que dobrou nos últimos dois anos de mandato, passando de R$ 222 mil na primeira metade para mais de R$ 497 mil no período final.

Mesmo gastando bastante, Jair Bolsonaro não foi o campeão em gastos. A média dos gastos anuais de Lula, de 2003 a 2010, com cartão corporativo foi de R$ 12,99 milhões.

Contudo, no governo Dilma Rousseff (2011 a 16), a média anual foi de R$ 10,2 milhões. No período Michel Temer (2016-18), a cifra média ficou em R$ 5,6 milhões.

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