Joao Carvalho
Ex-ministro da Justiça do ex-presidente Jair Bolsonaro, Torres é preso ao chegar Brasília pela Polícia Federal, na manhã deste sábado (14/01), após chegar da Flórida.
Com o fim do governo Bolsonaro, Torres deixou de ser ministro da Justiça e Segurança Pública. Este, por fim, nomeado como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, cargo do qual foi removido pelo governador Ibaneis Rocha.
Agora está afastado, após as invasões em 8 de janeiro em Brasília. Torres era responsável pelo esquema de segurança do Distrito Federal, quando ocorreram as invasões.
Ele não estava no país no dia, pois havia viajado de férias para a Flórida, nos Estados Unidos. Por lá, também está Bolsonaro e o policiamento sob seu comando foi considerado insuficiente para lidar com as manifestações.
Sua prisão preventiva foi decretada na terça-feira (10/01) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Assim, a pedido da PF, por supostas omissões intencionais que teriam contribuído para os atos de vandalismo na capital.
A PF encontrou em sua casa a minuta de um decreto para instaurar um estado de defesa no TSE (Tribunal Superior Eleitoral ) e mudar o resultado das eleições de 2022. Resultado esse que cuminou na derrota do Bolsonaro conta Luís Inácio Lula da Silva, medida considerada inconstitucional por juristas.
E, agora, amplamente denunciada como indício de uma tentativa de golpe de Estado.
A prisão de Anderson Torres
O avião onde Torres estava pousou por volta de 07:20 no Aeroporto Internacional de Brasília. Torres foi o primeiro a descer do avião e recebido por um delegado da Polícia Federal (PF).
Daí, levaram-no diretamente do avião para o hangar da PF.
Em seguida, carros da Polícia Federal acompanhado de carros descaracterizados partiram em direção à Superintendência da Polícia Federal do DF. Depois, ao Complexo Penitenciário da Papuda.
Agentes da PF que cumpriram a ordem de prisão relataram que, ao mesmo tempo, outros carros da PF levaram o ex-ministro para o Batalhão da PM no Guará.
A expectativa é que Torres preste depoimento ainda neste sábado (14/01), mas antes se reúne com sua equipe de advogados.
O ex-ministro da Justiça está sendo investigado devido aos ataques às sedes do Congresso, do STF e ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Pois, Torres era secretário de Segurança do Distrito Federal, cargo ao qual foi exonerado no mesmo dia, responsável pela segurança da Esplanada dos Ministérios.
