Esta é a situação de mais de 1.400 golpistas bolsonaristas. Por fim, foram presos por envolvimento nos atos de invasão e depredação de prédios públicos na Praça dos Três Poderes. Neste domingo, começaram a ser levados para as celas.
Todos os homens enviados para o Centro de Detenção Provisória da Papuda como as mulheres encaminhadas para a mesma estrutura da Colmeia receberam um colchão enrolado para dormir.
Receberam também um uniforme e um kit de higiene contendo sabonete, creme dental e escova. No caso das mulheres, havia, ainda, absorventes.
MAIS DE R$ 20 BILHÕES PARA SAQUES DE TRABALHADORES
Da Triagem à Vacinação
Ao chegarem à prisão, os golpistas passaram ainda por um processo de triagem médica. Uma força-tarefa foi montada para fazer exames nos detidos, vaciná-los contra doenças como a Covid-19, nos casos em que houver necessidade.
Também tomar nota, sobretudo, daquelas que têm algum tipo de morbidade ou tomam algum medicamento regulado. Todos terão direito a tomar “banho de sol” uma vez por dia.
Audiência de custódia
O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) iniciou, nessa quarta-feira (11/01), um mutirão para fazer as audiências de custódia. Contudo, estes foram presos durante os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8/01).
E no acampamento golpista que estava montado em frente ao Quartel-General do Exército, também na capital federal. Para essa quarta-feira, de acordo com o TJ, esperam-se 64 audiências de custódia.
A previsão é que o processo seguisse nesta quinta (12/01), ouvindo outras 213 pessoas. Até o momento, no entanto, a Corte não informou, quantas pessoas permanecem presas e quantas pessoas liberaram nas audiências.
Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado ontem, indicava que, 1.418 golpistas permaneciam presos por envolvimento na invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
A próxima fase da detenção, toma-se de audiência com cada detento. Segundo o Tribunal de Justiça, realizarão esse trabalho de forma virtual, das 8h às 19h.
No entanto, ocorrerão também, aos finais de semana. Um juiz, um promotor e um advogado de defesa acompanharão o acusado nas sessões que costumam levar, em média, cerca de 20 a 30 minutos.
O prejuízo ao patrimônio público pelo terrorismo na Câmara dos Deputados, é de mais de R$ 3 milhões. A Casa informou ontem (10/01) que foram destruídos 400 computadores, 40 impressoras, além de aparelhos de redes de dados depredados, totalizando R$ 225 mil.
Isso sem contar, a destruição de duas viaturas, contabilizam-se mais R$ 500 mil de prejuízo. A Câmara soma ainda perdas de R$ 100 mil em vidros diversos e R$ 20 mil em tapeçaria. As estimativas no Senado vão de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões.