Os brasileiros se endividaram mais no cheque especial e no cartão de crédito em 2022. Entenda.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha comunicou que as dívidas no rotativo do cartão de crédito teve um aumento de 9 pontos percentuais em 2022 chegando a 44,7% no final do ano.
As estatísticas do cheque especial também demostram mais endividamento, o número de inadimplentes subiu para 13,4% no mesmo período.
Segundo o técnico do Banco Central, o números de empréstimos da modalidade crédito livre que mais cresceu foram os não rotativos.
Ou seja, aqueles que a pessoa recebe uma quantia de dinheiro em uma única parcela e é obrigada a pagar as parcelas mensais do empréstimo até que o valor total seja quitado.
Esse tipo de empréstimo tem os juros mais baixos, e a inadimplência cresceu nos empréstimos que são classificados como crédito rotativo.
Que são os créditos que tem a opção de “rolar” ou “renovar” o empréstimo, como acontece no cartão de crédito.
Pois, o cliente pode continuar a utilizar o cartão de crédito, desde que esteja pagando as parcelas mensais.
Sendo assim, o problema ocorre quando a pessoa não consegue arcar com as parcelas mensais. Neste caso a fatura do cartão e começa a incidir juros sobre juros.
O juro do rotativo do cartão de crédito estava em 409,3% ao ano no final de dezembro, a maior taxa desde 2017.
Como sair das dívidas do cartão de crédito?
O crédito livre é a modalidade em que a pessoa não precisa especificar a finalidade do dinheiro que está pedindo emprestado.
Ou seja, ele pode usar o dinheiro para qualquer coisa, desde que cumpra as condições do contrato de empréstimo.
Nesta modalidade se incluem os empréstimos consignados, crédito direto em conta, cartão de crédito e cheque especial.
Segundo o chefe do departamento, Fernando Rocha, a inadimplência na modalidade crédito livre como um todo não cresceu e está em 4,2%, segundo ele “Não é nem de longe a maior da série”.
A recomendação de Rocha é que os clientes tentem migrar de um crédito rotativo para um não rotativo.
Afinal, o percentual de juros de 409,3% ao ano não é algo razoável e inviabiliza com o passar do tempo que a família quite a dívida.
Por isso, a recomendação é sempre trocar a dívida ou negociar uma forma de quitação para que o problema não saia totalmente do controle.