O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez declarações que culminaram numa desvalorização da moeda brasileira. O real foi a moeda que mais desvalorizou frente ao Dólar, com uma queda de 2,13%.
Assim, o Real teve uma queda maior que o peso argentino que desvalorizou 1,19%. E maior também que o rublo russo que teve uma queda de 0,9%. Salientamos que a Rússia está em guerra.
As falas do Presidente Lula sobre a meta da inflação e a autonomia do Banco Central geraram desconforto no mercado. Fazendo assim, com que R$ 172,4 bilhões deixassem o país.
Apesar do aumento do Risco-país, que estava em 220 pontos-base há um ano e agora está em 235 pontos-base, o saldo de investimentos na bolsa ainda é positivo.
Afinal, houve um investimento total de R$ 178,5 bilhões, o que deixa um saldo positivo de R$ 6,1 bilhões. Porém com o Dólar cotado a R$ 5,21, um aumento de 0,72%.
O que o Lula disse?
O Presidente Lula questionou a necessidade da independência do Banco Central e sugeriu que a meta da inflação fosse 4,5% ao invés de 3,5%.
Sendo assim, o presidente Lula contraria uma promessa de campanha ao sugerir que as responsabilidades sociais e fiscais podem não depender uma da outra.
Certamente, falas que geram um temor, pois pode levar a uma descompensação das contas públicas.
Mas o que a inflação?
Inflação é o aumento geral e persistente dos preços dos bens e serviços de uma economia. Mede-se através do índice de preços ao consumidor (IPC) ou índice de preços ao produtor (IPP)
Desta maneira, a inflação pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo aumentos nos custos dos insumos, aumento da oferta de dinheiro, e aumento da demanda por bens e serviços.
Então, se ocorre aumento nos insumos, por exemplo aumento no petróleo todo produto que dele deriva vai ter seu valor aumentado também.
Assim, a fala do presidente Lula sugere uma tolerância com o aumento dos valores praticados e não um combate pró ativo a esse aumento.
E o Banco Central?
O Banco Central do Brasil é independente do governo portanto possui autonomia para tomar decisões sobre as suas políticas monetárias e cambiais.
Assim, no modelo brasileiro o Banco Central não precisa consultar ou obter aprovação do governo.
Desta forma, as decisões baseiam-se em considerações técnicas e objetivas e não podem ser influenciadas por pressões políticas.
Assim sendo, considera-se a independência dos bancos centrais uma prática internacional comum e importante para garantir a estabilidade econômica e financeira do país.