Desde que a Netflix lançou a seria “Todo dia a mesma noite” as polêmicas não param. Descubra mais uma.
Recentemente a Netflix lançou a série “Todo dia a mesma noite” baseada no livro homônimo escrito pela jornalista Daniela Arbex e lançado pela editora Intrínseca.
A jornalista considerada importante e veterana em sua área já ganhou duas vezes o Prêmio Jabuti.
E fez um trabalho de entrevistas para elaborar o livro que mistura fatos com ficção.
Ambas as obras retratam a tragédia que ocorreu há dez anos na cidade de Santa Maria no Rio Grande de Sul, quando 242 jovens faleceram em um trágico incêndio.
O incêndio da boate Kiss teve repercussão nacional na época e hoje é relembrado através da série da Netflix.
Problemas envolvendo a série da Netflix
O primeiro ocorrido envolve um grupo de famílias e amigos que foram pegos de surpresa pois, não sabiam da produção da Netflix.
Dessa maneira, sentiram-se desrespeitados e com suas dores exploradas financeiramente além de ter relatos de pais que ao saberem da produção voltaram a terapia.
Por isso, estão dispostas a processar a Netflix e exigir um repasse financeiro pra a construção de um memorial além de tratamento para os sobreviventes.
Por outro lado, existe uma associação de famílias a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, que se sentem representados.
Pois afirmam que a série da Netflix faz denúncias sobre o desrespeito com o qual as famílias são tratadas e sobre a lentidão da justiça.
Além de afirmarem que sabiam da produção e que não recebem repasse financeiro.
Portanto, não pretendem processar a empresa de streaming.
Opinião do Ministério Publico RS
O MP-RS emitiu uma nota que mostra desagrado com a série da Netflix e está de acordo com o pensamento dos pais que desejam processar a empresa.
Segundo o MP-RS o processo ainda está em tramitação e a serie pode interferir no resultado final, além de deixar uma marca negativa no imaginário coletivo.
Afinal, segundo o MP, os processos, ritos e regramentos são expostos de forma caricata e os fatos não são expostos de forma verdadeira e por isso contribui para a desinformação.
Pois a série já expõe uma versão para a opinião pública “de um caso ainda em tramitação, que poderá ser objeto de novo júri popular”.
Portanto, segundo o MP-RS ir a júri popular seria o mais grave dos problemas no momento, “possibilidade que a instituição luta com muito empenho para afastar”.