O novo salário mínimo de R$ 1.320 deve ficar apenas para maio, avaliam assessores e a equipe técnica do Ministério da Fazenda.
ECONOMIA É AFETADA POR MANIFESTAÇÕES
O governo federal discutia um adiamento do reajuste para 1º de maio (Dia do Trabalhador), segundo informou o jornal “O Estado de S. Paulo”.
Segundo os interlocutores, o adiamento serve para monitorar o aumento de gastos com a Previdência Social. Segundo interlocutores, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já estaria de acordo com a medida e teria autorizado a prorrogação.
Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda não conhece o plano.
O motivo do adiamento foi o ex-presidente Jair Bolsonaro que tornou mais brandas as regras para solicitação de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) nos últimos meses de seu mandato.
O resultado foi um aumento no número de concessões de aposentadorias, auxílios-doença e outras rendas previdenciárias.
O reajuste do salário-mínimo, porém foi uma promessa de campanha de Lula, que garantiu o aumento real da base salarial pela primeira vez em quatro anos.
A medida provisória, segundo interlocutores da Fazenda, está pronta, mas será assinada somente no final de abril. Até lá, o salário-mínimo continuará em R$ 1.302, valor assinado por Bolsonaro.
Segundo os interlocutores, seriam necessários R$ 7,7 bilhões para reajustar o salário mínimo agora, gasto maior do que o previsto no Orçamento de 2023. Com a PEC da Transição, o governo tem apenas R$ 6,8 bilhões.
O jeito é esperar
Após os atos golpistas teriam dado a oportunidade para o governo tomar medidas impopulares em nome da responsabilidade fiscal . O que agrada o mercado.
Contudo, rumores de um reajuste menor trouxeram, inclusive, alívio adicional para o fechamento da bolsa brasileira na terça-feira (10/01). Iclusive,o índice Ibovespa subiu 1,55%, para 110.816 pontos. O quinto pregão consecutivo de alta.
É bom ressaltar também que a portaria n°26/23 publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11/01) definiu o reajuste de 5,93% para os benefícios do INSS.
Reforçando a ideia defendida por Haddad. No art. 2, o texto diz que “a partir de 1º de janeiro de 2023, o salário do benefício e o salário de contribuição do INSS não poderão ser inferiores a R$ 1.302,00 e nem superiores a R$ 7.507,49″.
Além,portanto, da correção do INPC, a base de cálculo do valor do INSS é o salário mínimo.
Por fim, vendo este cenário de incertezas, não há muito o que se fazer, resta esperar.