Joao Carvalho
Um remédio para diabetes da classe das “glifozinas” pode fazer parte do rol de remédios oferecidos a pacientes com diabetes mellitus com mais de 40 anos de idade.
De fato, o fármaco já é oferecido como remédio de alto custo para pacientes selecionados. No entanto, a ideia é que ele passe a ser disponibilizado para um grupo mais abrange de portadores da doença.
Cenário do diabetes no Brasil
Sem dúvidas, o diabetes é um problema de saúde pública em nosso país. Assim sendo, qualquer decisão do Ministério da Saúde em relação ao tratamento da doença envolve grandes gastos por parte da máquina pública.
Segundo a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), o “Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões.”
No entanto, ao tratar bem o diabetes evita-se uma série de complicações, entre elas:
- Doenças no coração;
- Problemas de visão;
- Danos aos rins;
- Problemas de cicatrização.
Por conta disso, oferecer um tratamento eficaz para a população com diabetes é algo que beneficia não só os pacientes, mas também o Sistema Único de Saúde.
Remédio para diabetes estudado
De fato, a dapaglifozina já apresenta benefícios comprovados para um certo grupo de pacientes com diabetes. Dessa forma, para pessoas que contemplem alguns critérios, o fármaco é oferecido pelo SUS. Entre os pré-requisitos estão:
- Pacientes com diabetes mellitus do tipo 2;
- Com idade igual ou superior a 65 anos;
- Doença cardiovascular estabelecida;
- Não conseguiram controle adequado em tratamento otimizado com metformina e sulfonilureia (como por exemplo a glibenclamida).
Ou seja, pacientes que tenham todos esses requisitos, eles podem ter acesso de graça à medicação, a qual em farmácias pode ter sua cartela com 30 comprimidos vendida a mais de R$200. Tal fármaco ajuda não só a controlar a glicemia, mas também auxilia a diminuir a pressão sobre o coração.
No entanto, uma pesquisa recente analisa a possibilidade de ofertar a dapaglifozina de graça para pacientes com mais de 40 anos que tenham diabetes. Aliás, ofereceria-se a medicação no caso de pacientes:
- Diagnosticado com diabetes tipo 2 (DM2) e que precise de segunda intensificação de tratamento;
- Possuir alto risco de desenvolver doença cardiovascular (DCV) ou já ter a doença no coração;
- Ter idade entre 40 e 64 anos.
Você pode participar da votação pública a qual irá nortear a decisão por meio deste link.
