Karla
O Ministro da Educação de Lula, Camilo Santana, promete melhorar o modelo criticado, mesmo com a eminente pressão para revogar as mudanças na pasta. Entenda.
Novas disciplinas, principalmente para o Ensino Médio, começaram a aparecer na grade curricular do dos alunos da rede pública do país. Disciplinas com nomes um tanto curiosos, como: “O que rola por aí”, “RPG”, “Brigadeiro caseiro”, “Mundo Pets SA” e “Arte de morar”. Tais mudanças curriculares da educação básica estão tomando o lugar de disciplinas clássicas como: História, Sociologia e Educação Física.
No entanto, tais mudanças estão gerando um grande incomodo para os alunos, pais e professores. Isso se deve a falta de estrutura das escolas públicas, pois, existe deficiência de acesso à internet e laboratórios. A falta de formações para os professores, por conta das novas disciplinas também aponta para problemas futuros na formação dos discentes.
O que está acontecendo com a educação?
Com a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), houve um engessamento do conteúdo ensinado nas salas de aula. Desta forma, está se tornando cada vez mais difícil para os professores avaliarem os déficits e atributos dos alunos para propor o conteúdo adequado para as turmas.
Ademais, estão surgindo itinerários formativos, que são disciplinas voltadas para áreas de conhecimento de interesse dos jovens. Com o objetivo e uma formação mais tecnicista e preparatória para o mercado de trabalho.
Neste âmbito, existe a preocupação dos alunos, pais e professores, principalmente pela baixa oferta de cursos disponíveis para a formação dos professores. Bem como uma limitação devido os itinerários, nas disciplinas de formação clássica.
Implicações Governamentais
O resultado é uma enxurrada de mensagens nas redes do ministro da Educação, Camilo Santana, pedindo a revogação do modelo, tema de abaixo-assinado encabeçado pelo deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). O ministro diz que essa é uma “agenda complexa de política educacional” e, diante do desafio da melhoria da qualidade do ensino médio, “respostas fáceis não cabem”:
Diante da onda de mensagens nas redes de Camilo Santana, Ministro da Educação, ele responde que essa é uma “agenda complexa de política educacional”. Neste âmbito, as mensagens pedindo o pelo retorno do antigo modelo educacional já se tornou tema de abaixo-assinado.
Desta forma, a reviravolta proposta por Glauber Braga (PSOL-RJ), que encabeçou o abaixo-assinado. O Ministro da Educação afirma que é desafiador prover melhoria para a qualidade do ensino médio, “respostas fáceis não cabem”.
Por fim, se conclui que, falar em revogação sem aprofundar o debate sobre quais são os elementos problemáticos e as promessas não cumpridas não seria justo com os nossos jovens e não nos ajuda a avançar. Defendemos a retomada do diálogo democrático sobre o sentido do ensino médio e sobre como podemos, juntos e com a prudência necessária, entregar a melhor escola.
