Samuel
A princípio, vale destacar que a Petrobras, uma das maiores empresas de petróleo e gás natural do mundo, anunciou na última quarta-feira que reduzirá o preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras. Contudo, não se engane isso não irá impedir o aumento da gasolina na bomba.
A empresa diz que o preço médio da gasolina às distribuidoras cairá 3,92% (0,13 por litro), sendo uma queda de R$ 0,13 por litro (3,92%). O preço de venda do diesel reduzido de R$ 4,10 para R$ 4,02 o litro, equivalente a uma queda de 1,95% (R$ 0,08 o litro).
Declaração de Lula sobre a gasolina
Portanto, este desconto no preço destina-se a equilibrar os preços com os mercados nacional e internacional, após a divulgação que o imposto federal irá voltar, ocasionando no aumento da gasolina. A métrica inclui os combustíveis mais populares consumidos no Brasil. A participação média da Petrobras no preço final ao consumidor de R$ 2,32 por litro de gasolina vendido na bomba e de R$ 3,62 por litro de diesel vendido.
Base do preço
A empresa explica que, ao precificar os derivados de petróleo e gás natural no mercado doméstico, procura evitar o repasse da volatilidade da cotação, da moeda e do câmbio, preservando o ambiente competitivo e de acordo com a legislação, para não gerar o aumento da gasolina para o consumidor final.
É importante notar que, no final de janeiro, o governo federal considerou o que fazer com a isenção do imposto sobre combustíveis concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A isenção renovada no início do governo Lula vigorou até 28 de fevereiro. Os tributos que voltaram a incidir são: PIS, Cofins e Cide e irão gerar um aumento no combustível.
Com isso, o governo iniciou a devolução arrecadando 75% dos impostos sobre a gasolina e 21% sobre o etanol a partir de março. Os ministérios de Minas e Energia, liderados por Alexandre Silveira, e da Fazenda, liderados por Fernando Haddad, defendem pelo menos a devolução parcial dos impostos.
Por outro lado, membros da ala política do governo se opõem à volta completa da arrecadação, temem um aumento maior da inflação e gasolina. No entanto, a equipe econômica está pressionando para que os impostos sejam restabelecidos para ajudar na reorientação fiscal do governo.
Aumento da gasolina
Imediatamente tratado pelos ministérios do governo Lula, o aumento do preço do combustível terá efeito no mercado, pois o aumento dos custos levará a uma crescente no preço final dos produtos vendidos nas lojas de conveniência. A decisão do governo ocorre em meio ao aumento do custo do combustível, que tem chamado atenção de tanto os consumidores quanto da equipe econômica.
Porém, com o corte de preço pela Petrobras, espera-se que o efeito deletério da oneração seja mitigado. No entanto, é possível que os preços subam, principalmente se o mercado internacional continuar com bases do petróleo elevados.
Adicionalmente, a oneração pode ter um efeito no consumo e aumento da gasolina, uma vez que os preços mais elevados tendem a dissuadir o consumo. Isso é particularmente preocupante para os setores que dependem de combustíveis: transporte de carga e agricultura.
