Alemão que teve R$ 50 milhões em bitcoins roubados em sequestro em Anápolis voltou à Europa por trauma, diz advogado
O empresário temia novos crimes porque investigadores estão livres.
O sequestro dele e da esposa aconteceu em 2020 e ele teve que transferir os bitcoins do cativeiro para ser solto a 55 km de Goiânia, ficou traumatizado e voltou para a Europa temendo um novo crime, como explicou seu advogado Fabrício Pereira de Souza.
Ele e a esposa estão passando uma temporada no exterior enquanto as investigações são conduzidas livremente.
O sequestro do empresário alemão e da esposa brasileira ocorreu em setembro de 2020 em sua casa realizada em Anápolis.
O Fantástico mostrou as imagens das câmeras de segurança que registraram o arrombamento da casa.
Após o sequestro, o alemão preso pagou o próprio resgate. O empresário tinha 555 bitcoins. Aliás, leia mais sobre o sequestro abaixo.
Sequestro dos bitcoins roubados
Primeiramente, confira o que as vítimas disseram:
“Eles nos pediram para abaixar a cabeça e encobrir. Paramos em frente a uma casa. Dois deles saíram, pegaram o computador e voltaram.
E aí eles dirigiram uns 15, 20 minutos. E chegamos em algum lugar no meio do nada”, disse a vítima ao Fantástico
Após a transferência das criptomoedas, a polícia civil de Goiás rastreou pessoas que receberam valores.
Entre eles, aqueles identificados são contra ela mesma e até mesmo contra suas namoradas que moram em Goiânia.
Segundo a advogada, os suspeitos trabalham como comerciantes, pessoas que compram e vendem ativos financeiros no mercado de capitais.
Fabrício Pereira disse que o Julgamento está sob sigilo judicial, mas que até o momento nenhum dos investigados foi preso ou indiciado, embora tenham sido identificados.
Já se passaram dois anos desde o sequestro, o judiciário entendeu que os suspeitos não podem interferir nas investigações, segundo o advogado.
Ele está passando um tempo na Europa. Ele se mudou para uma casa em um condomínio fechado em Anápolis, mas saiu porque a Justiça não conseguiu decretar a prisão de um investigado.
Então, ele ainda está com medo. É perigoso para ele, explicou Fabrício Pereira.
A Polícia Civil realizou no dia 15 de dezembro deste ano uma operação para cumprir 32 mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados em Goiânia, Anápolis, Tocantins e São Paulo.
O delegado responsável pelo caso, Jorge Bezerra, informou que foram apreendidos notebooks, dinheiro, celulares, joias e veículos.
Vale ressaltar que o casal chegou em casa e logo foram abordados por criminosos que colocaram o empresário e a esposa em um veículo ainda na garagem da residência.
Aliás, furtaram o computador do casal para a transferência de bitcoins.