Na última quarta-feira (15/2), foi publicada a Campanha de Combate à Exploração do Trabalho Infantojuvenil nas Ruas de Manaus
A Prefeitura de Manaus em conjunto com a Secretaria Municipal da Mulher e Assistência Social e Cidadania (Semasc), na quarta-feira (15), lançou oficialmente a “Campanha de Combate à Exploração do Trabalho Infantojuvenil nas Ruas de Manaus”.
A movimento tem por objetivo conscientizar a população, em princípio, sobre a importância de não dar esmolas para crianças e adolescentes. Com o apoio e a parceria de mais de 20 entidades públicas e privadas, a campanha ganha grande relevância pela Prefeitura de Manaus no combate à exploração infantil.
“Hoje estamos lançando uma grande campanha, grande pelo número de pessoas e instituições envolvidas, e grande também pela sua importância ao atacar um problema muito sério na cidade de Manaus: a presença de crianças e adolescentes nas sinaleiras e ruas de nossa cidade. Isso não pode continuar assim e nós precisamos atuar juntos para erradicar esse problema”.
Eduardo Lucas,secretário da Semasc,
Exploração Infantil em Manaus
Segundo dados apurados pela Semasc apontam para a seguinte realidade: cerca de metade das famílias recebe algum benefício social, como o Bolsa Família. Da mesma forma, outro ponto importante levantado é que cada vez mais as crianças são colocadas em situações de risco pedindo esmolas. Isso porque, o responsável pode ganhar três vezes o montante ganho quando comparado a um adulto sem criança.
“A gente precisa esclarecer a população de que dando a esmola você acaba consolidando a presença e a permanência dessas crianças e famílias nas ruas, e nós não podemos mais trabalhar com esse cenário. Daremos, sim, resolubilidade às demais questões sociais que envolvem esse cenário. Então, não é uma campanha como qualquer outra, pois além de envolver toda a rede de proteção à criança e ao adolescente, também envolve todos os órgãos que promovem políticas públicas”.
Graça Prola, subsecretaria municipal de Políticas Afirmativas Para Mulheres e Direitos Humanos.
Ademais, após a abertura, foi dada início a “Semana de Sensibilização” pelas equipes de abordagem social da secretaria. com apoio do Conselho Tutelar, organizações da sociedade civil, servidores de secretarias municipais e estaduais. Assim sendo, no evento foram distribuídas 400 pessoas nos dez pontos com maior número de crianças em situação de exploração.
Todavia, a exploração infantil em Manaus é bastante comum. De acordo com o coordenador geral do Conselho Tutelar da capital, Manoel Júnior.
“Não apenas nos sinais, mas sim em feiras, mercados, até mesmo em casa, nós vemos crianças e adolescentes sendo utilizados para o trabalho justamente por representarem uma espécie de ‘mão de obra barata’ e que não pode mais acontecer na cidade de Manaus”.
Manoel Júnior
Nos dias posteriores
Em suma, as ações de sensibilização e fiscalização aconteceram pela parte da manhã e à tarde no dia seguinte (16).
“Os adultos por trás dessas crianças, que são aliciadores, usam essas crianças se o tempo está ensolarado, chuvoso, calor ou frio, e expõem elas a todo o tipo de situação de risco”.
Maria Antonieta Melo Cavalcante, psicóloga da Secretaria Executiva da Criança e do Adolescente, da Sejusc.
Assim sendo, no sábado, 18, além das abordagens pela manhã, a Semasc participou da abertura do desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial. Com o objetivo de levar a campanha mais perto da população, o grupo planejou um “bloco especial” com os servidores usando a camisa oficial da campanha.