O Governo Federal tem considerado a criação de uma bolsa permanência para alunos da rede pública. Com o objetivo de incentivar os jovens a continuar seus estudos. Isso pode se tornar uma realidade mais cedo do que se imagina. E vamos explorar os motivos por trás dessa iniciativa e como ela deve funcionar.
Motivos para a criação da bolsa permanência:
De acordo com uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan SESI), em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), chamada “Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, a evasão escolar no ensino médio afeta cerca de meio milhão de jovens todos os anos no Brasil.
Apenas 60,3% dos jovens conseguem concluir os estudos até os 24 anos de idade. E essa porcentagem é ainda menor entre a população mais jovem, onde apenas 46% consegue se formar. Em contraste, 94% da população mais rica conclui seus estudos durante essa fase.
A pesquisa demonstra que os jovens de classes sociais mais baixas muitas vezes são forçados a escolher entre trabalhar e continuar seus estudos. Devido à necessidade de resultados financeiros rápidos, muitos acabam abandonando a escola para se dedicar ao trabalho, pois não conseguem conciliar as duas atividades.
Como o novo benefício deve funcionar:
De acordo com o Ministro da Educação, Camilo Santana, é difícil determinar o valor exato da bolsa devido aos cortes significativos no orçamento do Ministério da Educação (MEC). Uma das primeiras medidas do MEC foi tentar recuperar o orçamento e recompor as políticas educacionais.
Embora a proposta ainda esteja em discussão, não é uma ideia nova. Durante as eleições do ano passado, a atual Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, expressou sua intenção de criar uma bolsa para jovens que concluíssem o ensino médio.
No entanto, antes que o projeto se torne realidade, é necessário que os envolvidos enviem um relatório para análise do Presidente Lula (PT). E somente após essa análise a proposta poderá ser oficialmente enviada. Então, se aprovado, esse auxílio tem o potencial de mudar o cenário educacional do país, permitindo que mais alunos se dediquem aos estudos em vez de ingressar no mercado de trabalho tão cedo.