Bancos estão fechando agências! Entenda!
O banco divulgou seu balanço do quarto trimestre e admitiu erros. Entenda tudo sobre a situação do Bradesco.
O Bradesco deixou o mercado assustado ao divulgar o balanço do quarto trimestre na noite da última quinta-feira (9).
Nesse sentido, os números que seguem o terceiro trimestre, também negativos, fizeram com que as ações do banco caíssem 17,38%.
Os ativos da empresa negociados nos EUA caíram mais de 7% logo após o resultado, segundo o InfoMoney ADR.
Já na manhã desta sexta-feira (10), a queda chegou a 9%. Enquanto isso, na B3, as ações BBDC4 abriram mais de 7% e depois caíram para 5,87%.
“Devido a eventos recentes envolvendo um cliente corporativo específico de grande porte ocorridos no início de 2023.
A administração reavaliou os riscos inerentes e provisionou prudentemente 100% da operação, o que impactou os resultados do 4T22”, disse o Bradesco em relatório.
Seria a Americanas o cliente do Bradesco?
Existe agora uma avaliação de que a “grande corporação” em questão são os americanos, que atualmente estão se recuperando de um processo depois de terem descoberto uma brecha bilionária.
Sem revelar o nome do cliente, o Bradesco informou que o empréstimo com ele é de R$ 4,9 bilhões.
Os números viram suas reservas de inadimplência dispararem para R$ 14,881 bilhões de outubro a dezembro de 2022.
No geral, o resultado operacional do banco no período foi de R$ 99 milhões. No último trimestre de 2021, o resultado foi positivo – R$ 10,283 bilhões.
O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, avaliou que a instituição deu um passo à frente.
“Damos mais crédito do que deveríamos”, admitiu aos repórteres. Segundo a Reuters, ele colocou a questão em contexto com o cenário de 2020.
Baixa inadimplência e concessão de empréstimos
Naquele ano, o primeiro ano da pandemia, o país viu índices de inadimplência tão baixos “que não correspondiam à realidade brasileira”.
Isso, segundo a assessoria de imprensa, levou o Bradesco a ampliar a oferta de empréstimos em linhas consideradas de maior risco.
Por exemplo, pessoas com baixos rendimentos e pequenos e médios empresários.
Da mesma forma, outra consideração do executivo é que o banco não alterou as taxas das operações de risco após o prejuízo da Americanas, que aumentou a inadimplência.
O Itaú, por exemplo, tomou medidas. Isso chamou a atenção de outros agentes do mercado para o problema.
Segundo o Brazil Juornal, analistas do BTG Pactual apontaram que “a recuperação deve levar algum tempo”.
Pior semestre da história do Bradesco
A avaliação constatou que a organização não estava mais em uma posição favorável e sua “capacidade de gerar lucro havia se deteriorado significativamente”.
Por fim, a equipe do JP Morgan foi incisiva: “Foi um dos piores, senão o pior, trimestre da história do Bradesco”.