Samuel
O Bradesco — que não vive melhores momentos — tem enfrentado uma batalha judicial com a Americanas devido a um débito de R$ 4,8 bilhões não pago. Isso após a empresa entrar com pedido de falência.
Além disso, o presidente do banco, Octavio de Lazari Júnior, revelou em uma coletiva de imprensa que a instituição financeira concedeu mais empréstimos do que deveria desde 2020, quando a taxa de juros estava em 2% ao ano.
Essa decisão resultou em um aumento da inadimplência, o que tem preocupado o Bradesco neste início de ano. Bradesco não vive melhores momentos.
Dificuldades em conseguir empréstimo
Com isso, Lazari alegou que o resultado do Bradesco não deu certo, pois só agiu quando a inadimplência já era alta, no final de 2022. No entanto, o executivo negou que se arrependesse de ter concedido crédito para empresas de baixa renda ou pequenas e médias empresas, o público em que mais aumentou o número de inadimplentes.
A partir deste ano, o Bradesco não concederá mais tantos empréstimos a seus clientes. O executivo argumentou que essa estratégia acabaria se mostrando correta com o tempo.
Bradesco não vive melhores momentos, mas se mantém otimista
Apesar dos desafios enfrentados pelo Bradesco, o presidente do banco, Octavio de Lazari, mantém uma perspectiva otimista. Ele afirmou que a instituição financeira deverá ter um retorno sobre o patrimônio de cerca de 18% até o final de 2024. Isso por meio de uma melhoria na qualidade do custo de capital.
Apesar do otimismo de Octavio de Lazari, os analistas estão adotando uma postura mais cautelosa em relação ao futuro do Bradesco. Vamos lembrar que, de fato, Bradesco não vive melhores momentos.
Segundo o Itaú BBA, a margem financeira líquida e as elevadas despesas com provisões devem manter os retornos sobre o patrimônio líquido abaixo do custo de capital nos próximos dois anos, o que pode afetar os resultados da instituição financeira.
“A capacidade de lucro (do Bradesco) deteriorou-se muito. Recuperá-lo provavelmente levará tempo”, afirmam especialistas do BTG Pactual. Apontam que o lucro do Bradesco em 2023 será mais ou menos em torno de 40% menor do que em 2021.
De fato Bradesco não vive melhores momentos, mas o presidente se mantém otimista. Desse modo, entender a situação dos clientes é crucial nesse momento.
A partir deste ano, o Bradesco não emprestará mais tanto dinheiro a seus clientes. O executivo acreditava, sem dúvida, que essa estratégia acabaria por levar ao sucesso ao longo do tempo.
