Joao Carvalho
O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tomou posse nesta segunda-feira (02/01) em Brasília.
Nesse cenário, o aliado de Lula optou por um discurso em defesa do Estado democrático de direito e carregado de mensagens diretas aos manifestantes que defendem um golpe de Estado no país.
Assim, em defesa das minorias e dos casos das populações vulneráveis, Flávio retomou o assunto da morte de Marielle.
Marielle Franco era filha de Marinete Francisco e Antonio da Silva Neto. Com criação católica, nasceu e cresceu em uma favela do Complexo da Maré, no subúrbio carioca, e se apresentava com orgulho como “cria da Maré”.
Ela foi uma socióloga, ativista e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade. Elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação.
A morte de Marielle Franco irá completar em 2023 cinco anos sem que ainda se saiba quem mandou matar a vereadora de 38 anos, filiada ao Psol.
Justiça em prol de Marielle
Por isso, Flávio Dino se manifestou em prol da solução do caso:
“Saúdo Marielle e a sua família aqui presente. Eu disse à ministra Anielle [Franco, irmã de Marielle] e à sua mãe que é uma questão de honra do Estado brasileiro empreender todos os esforços possíveis e cabíveis, e assim o fará, para que esse crime seja desvendado definitivamente e nós saibamos quem matou Marielle e quem mandou matá-la naquele dia no Rio de Janeiro”, declarou.
Anielle Franco, nomeada ministra da Igualdade Racial do novo governo, vê com bons olhos a ideia de federalizar o caso, embora sua família fosse contra a medida durante o governo Bolsonaro. “Estamos respirando ares melhores”, afirmou, citada pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Com certeza vamos debater sobre, porque a gente estava contra até então. O [diretor-geral da PF] Andrei estava ao lado do Dino hoje dizendo que já está encarregado da missão”, afirmou a ministra. “Não posso falar só por mim, tem que falar com toda a família.”
Flávio Dino agradece ao Supremo Tribunal Federal
Em seu discurso de posse, Dino reforçou a importância do STF:
“Minhas primeiras palavras são de saudação à senhora chefa do Poder Judiciário do Brasil, ministra Rosa Weber. Saúdo o poder do Estado sem o qual esse momento não estaria ocorrendo, posto que foi o Judiciário brasileiro que garantiu o Estado Democrático de Direito numa hora tão difícil.”
