O discurso de Lula no parlatório foi o segundo do dia da posse do presidente.
De fato, ele chorou na parte em que cita os pobres.
Afinal, segundo ele mesmo, a principal meta do seu governo é acabar com a fome do Brasil.
Lula, deu início ao discurso no parlatório, criando um paralelo entre o momento atual e o tempo dos seus governos anteriores:
“Minhas queridas amigas e meus amigos, recentemente, reli o discurso da minha primeira posse na Presidência, em 2003. E o que li tornou ainda mais evidente o quanto o Brasil andou para trás.”
“Naquele 1º de janeiro de 2003, aqui nesta mesma praça, eu e meu querido vice José Alencar assumimos o compromisso de recuperar a dignidade e a autoestima do povo brasileiro – e recuperamos.”
“De investir para melhorar as condições de vida de quem mais necessita – e investimos. De cuidar com muito carinho da saúde e da educação – e cuidamos.
“Mas o principal compromisso que assumimos em 2003 foi o de lutar contra a desigualdade e a extrema pobreza, e garantir a cada pessoa deste país o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar todo santo dia – e nós cumprimos esse compromisso: acabamos com a fome e a miséria, e reduzimos fortemente a desigualdade.”
Discurso de Lula no Parlatório emociona
Ao citar a volta da fome no país, Lula se emociona:
“Infelizmente hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. Muito do que fizemos foi desfeito de forma irresponsável e criminosa.”
“A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta – e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina.”
“A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro.”
“A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem.”
“De um lado, uma pequena parcela da população que tudo tem. Do outro lado, uma multidão a quem tudo falta, e uma classe média que vem empobrecendo ano após ano.”
“Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega, e que vive em dívida permanente com o seu povo.”
Ou seja, o discurso de Lula no Parlatório criticou de forma dura o governo Bolsonaro. Assim como o 1º discurso do presidente, feito no Congresso Nacional.