Mesmo com o número alarmante de trabalhadores sem carteira assinada, especialista objetiva 2023 como ano de consolidação da recuperação do impacto da pandemia no mercado. Entenda.
Vale destacar que, a média anual de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada atingiu 12,9 milhões em 2022. Portanto, o número é recorde para o indicador desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), em 2012.
Dessa forma, frisa-se que, o número de pessoas nessa situação aumentou 14,9% em relação a 2021, quando havia 11,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada.
Sendo assim, vale ressaltar que os dados foram divulgados nesta terça-feira (28/01) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrou que, os trabalhadores por conta própria, sejam formais ou informais cerca de somaram 25,5 milhões no ano, altas de 2,6% comparado ao ano anterior e de 27,3% na comparação com 2012.
Nesse sentido, a informalidade também bateu recorde: cerca de 38,8 milhões de trabalhadores.Outra pesquisa da pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy traz que, o mercado de trabalho ainda pode ser visto de forma positiva.
Assim, a população ocupada, por exemplo, atingiu recorde de 98 milhões de pessoas, com a taxa de desocupação ficando em 9,3%.
Ademais, os trabalhadores com carteira assinada também aumentaram em relação a 2021, mesmo de que em proporção menor àqueles sem carteira (9,2%). Neste exposto, quase 35,9 milhões de pessoas estavam nessa situação em 2022.
Neste diapasão, a própria taxa de informalidade, que é o percentual de informais dentro da população ocupada, caiu de 40,1% em 2021 para 39,6% em 2022.
“Diversas atividades ultrapassaram seu nível de ocupação pré-pandemia. É um ano de consolidação da recuperação do impacto que a pandemia da covid teve no mercado de trabalho brasileiro e mundial”, disse Adriana Beringuy.
Sem carteira assinada: Relação aos Setores
Concernente aos setores que mais influenciaram o mercado de trabalho em 2022, ficaram acima os setores do comércio e dos serviços.
Portanto, o segmento de comércio, bem como a reparação de veículos automotores e motocicletas também cresceu, cerca de 9,4% no ano. Já os serviços, houve também altos crescimentos nos outros serviços (17,8%) e alojamento e alimentação (15,8%).
Além disso, conforme ainda o IBGE, o mesmo destacou que o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único com queda percentual da população ocupada (1,6%).
Subutilização; Entenda
Em suma, também se conclui que, a média anual da taxa composta de subutilização foi estimada em 20,8%, redução de 6,4 pontos percentuais em relação a 2021, quando a taxa era estimada em 27,2%. Esse indicador foi de 28,2% em 2020, 15,1% em 2014 e 18,4% em 2012.