Joao Carvalho
Gordofobia é um tema em alta hoje em dia.
De fato, a luta pelo direito das minorias é algo que cresce a cada dia em nosso país.
Assim sendo, as pessoas acima do peso são consideradas como grupos de exclusão, uma vez que há certo preconceito social sobre tais pessoas.
Na verdade, o termo minoria refere-se, na sociologia, a grupos sociais historicamente excluídos do processo de garantia dos direitos básicos por questões étnicas, de origem, por questões financeiras e por questões de gênero e sexualidade.
Por exemplo, são exemplos de minorias sociais, atualmente, negros, indígenas, imigrantes, mulheres, homossexuais, idosos, moradores de vilas (ou favelas), portadores de deficiências e moradores de rua.
Ou seja, fazem parte das minorias pessoas que sofrem preconceitos por questões étnicos, religiosos, de gênero, de sexualidade, linguísticos, físicos e culturais.
Nesse contexto, falar sobre gordofobia é importante. Porque a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2% , enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%.
Além disso, no ano de 2030, com o avanço de tecnologia, pode-se pensar que a obesidade e sobrepeso irá diminuir. Mas uma projeção com dados alarmantes mostram como poderão estar os brasileiros daqui a oito anos. AAprevalência de excesso de peso pode chegar a 68%. Ou seja, sete em cada 10 pessoas, e a de obesidade a 26%, ou uma a cada quatro.
Os dados levantados são do estudo A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS. Ele foi realizado por uma equipe formada por 17 pesquisadores de diversas universidades do Brasil e uma do Chile.
Gordofobia é crime
O PL 1786/2022 inclui a discriminação ou preconceito em razão do peso corporal relacionado à obesidade nos crimes previstos na Lei 7.716, de 05 de janeiro de 1989. Alteração, Lei Caó, criminalização, discriminação, Peso corporal, Gordofobia.
Nesse viés, o tema é tão em alta que Amanda Souza, que participa da segunda temporada de Casamento às Cegas Brasil, sofreu gordofobia.
Isso aconteceu quando Paulo Simi decidiu não quis subir no altar logo depois de vê-la frente a frente pela primeira vez. Após o acontecimento, ele disse que ela é uma mulher “fora do padrão”.
Nesse contexto, a consultora de imagem desabafou:
“Quando eu decidi estar lá era justamente porque corpos gordos podem ocupar qualquer lugar e devem ocupar qualquer lugar. Não tinha uma mulher gorda nesses lugares. E por que não eu, já que tinha essa oportunidade? Eu fui lá primeiro por que o meu trabalho há muitos anos é sobre a autoestima independentemente do seu corpo.”
