Claudio Amaro
Governantes costumavam ter voto de confiança de eleitores; e principalmente de tomadores de decisão. Dessa forma, dos influenciadores políticos. Isso em início de governo. Mas contexto global de acirramento político; e contemporaneidade imediatista, tem forçado mandatários tocarem no play. Ou seja, tocarem no play antes mesmo do filme estar totalmente carregado. Mesmo com chances de travar em alguma imagem, governo Lula está sem folga. Enfim, seja na economia, nos direitos humanos… Governabilidade exige até um dedo da mão. Quando não até o pescoço da carreira política.
Por outro lado, o mercado projetou expectativas ‘lunáticas’ quanto à pauta de gastos sociais. E montagem da equipe econômica do governo. Ou seja, só pra lembrar, quebra de expectativa; é quando se espera algo provável. Mas que não acontece. Por outro lado gêmeo da mesma história, ao menos quatro planos do governo, estão, desde a eleição, sob escrutínio intenso dos investidores. Ou seja, o reajuste do salário mínimo, a ampliação do Bolsa Família para R$ 600, a eliminação do teto de gastos como âncora fiscal do país. E ampliação da isenção do imposto de renda para salários de até os R$ 5 mil. Por tais promessas de campanha, e outras questões administrativas, que governo Lula está sem folga?
O governo Lula está sem folga na economia? Por outro lado; há folga no governo lulistas?
Assim sendo, medidas fazem parte do plano de reforço de resgate social do governo. Que define empreitada como forma de “colocar o pobre no orçamento”. Por outro lado, o mercado torce nariz. Pois as medidas; potencializam aumento das despesas do governo. Ou seja, há expectativa de que seja desenvolvida compensação para financiar sem comprometer ainda mais contas públicas. Por outro lado, “O que nós queremos é que haja a contrapartida no social. Não interessa a gente ter uma sociedade de miseráveis. Nós queremos ter uma sociedade de classe média.”. Lula. Nessa fala, o lulista deixa explícito por qual motivo o governo Lula está sem folga.
Sendo assim, enquanto o presidente avança no discurso, agentes financeiros cobram origem do dinheiro. Em suma, após eleição, se chegou à consenso de que está necessário ampliar dívida do país para cobrir momento de emergência. Mas a dimensão do pacote gerou ruídos. Dessa forma, fonte do reajuste do Bolsa Família, a PEC da transição, que libera os R$ 145 bilhões das amarras fiscais… Teve prazo de vigência reduzido no congresso nacional. Isso para apenas um ano. A determinação impõe que se encontre financiamento adequado para o programa nos anos seguintes.
