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Governo quer emplacar o mesmo time da CPI da Covid na CPMI do 8 de Janeiro

Na Câmara, a oposição tem se mostrado bastante atuante na investigação dos atos de vandalismo, o que pode levar a uma pressão maior sobre os membros da comissão.

CPMI do 8 de Janeiro

A estratégia governista de emplacar o mesmo time da CPI da Covid na CPMI do 8 de Janeiro não é uma novidade na política brasileira.

A escolha de membros experientes e alinhados com o governo é uma prática comum em comissões parlamentares, e o objetivo é garantir uma investigação que seja favorável ao governo.

No entanto, a escolha desses membros também pode ser vista como uma tentativa de barrar ou limitar a atuação da oposição, que tem como uma das suas principais bandeiras a investigação dos atos de vandalismo ocorridos em 6 de janeiro deste ano, quando apoiadores do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiram o Capitólio em Washington.

Para a oposição, a CPMI do 8 de Janeiro deve investigar não só os atos de vandalismo em si, mas também as conexões entre os invasores e o governo brasileiro.

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Alguns parlamentares já afirmaram que há indícios de que membros do governo teriam apoiado os manifestantes e que o episódio teria sido uma tentativa de imitar o que aconteceu nos Estados Unidos.

No entanto, a estratégia da base governista pode não ser tão eficaz como eles esperam. Na CPI da Covid houve atuação firme e independente dos membros da oposição, que conseguiram avançar nas investigações e colocar em xeque a atuação do governo na pandemia.

Além disso, a CPMI do 8 de Janeiro tem um objeto de investigação muito mais claro e delimitado do que a CPI da Covid, o que pode tornar mais difícil para o governo controlar os rumos da comissão.

O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já afirmou que a instalação da CPMI do 8 de Janeiro é uma obrigação do Congresso Nacional, e que os membros da comissão serão escolhidos com base no critério da proporcionalidade partidária.

Isso significa que a escolha dos membros da comissão será feita com base no número de deputados e senadores de cada partido, o que pode levar a uma composição menos favorável ao governo.

Além disso, a CPMI do 8 de Janeiro deve contar com a participação de membros da Câmara dos Deputados, o que aumenta ainda mais a possibilidade de uma composição menos favorável ao governo.

Na Câmara, a oposição tem se mostrado bastante atuante na investigação dos atos de vandalismo, o que pode levar a uma pressão maior sobre os membros da comissão.

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