Samuel
Faltam menos de 15 dias para o prazo final de entrega da declaração do Imposto de Renda, e é importante desmistificar algumas crenças que podem prejudicar os contribuintes, principalmente aqueles que estão fazendo a declaração pela primeira vez. Acreditar em mitos relacionados ao Imposto de Renda pode levar a problemas sérios, como cair na temida malha fina.
Consequências ao fornecer informações incorretas
Neste ano, estima-se que os contribuintes enviarão 39,5 milhões de declarações. Se o contribuinte fornecer informações incorretas, terá problemas com a Receita Federal. Uma das consequências é a retenção da restituição até que a declaração seja corrigida e esteja em conformidade. Em casos mais simples, é possível corrigir o problema por meio da retificação da declaração.
Dependendo da situação, o contribuinte do Imposto de Renda pode enfrentar multas e até mesmo o risco de ser indiciado por crime tributário. Portanto, é fundamental que o contribuinte acompanhe o status da declaração dentro do prazo para corrigir eventuais inconsistências e evitar prejuízos maiores.
É importante destacar que aqueles que não são obrigados a declarar não precisam enviar a declaração. No entanto, mesmo que eles não se enquadrem nas regras de obrigatoriedade, é recomendável que preencham e entreguem o documento. Isso permite que o contribuinte receba a restituição e também obtenha a comprovação de patrimônio, que pode ser necessária para empréstimos e financiamentos.
Sendo assim, o salário recebido pelo trabalhador é apenas um dos critérios que determinam a obrigatoriedade da declaração. É necessário considerar outros fatores, como aluguéis, pensões, aposentadorias e outros tipos de rendimentos. Se a soma desses rendimentos ultrapassar o valor de R$ 28.559,70, a declaração se torna obrigatória.
Mitos sobre o Imposto de Renda
Assim, contrariando um mito comum, todas as pessoas acima de 65 anos não estão isentas de declarar. Independentemente da idade ou de estarem aposentadas, todos os contribuintes devem declarar caso se enquadrem nos critérios de obrigatoriedade do Imposto de Renda. Apenas aqueles que recebem aposentadoria igual ou inferior a R$ 1.903,98 estão isentos.
Contudo, nem sempre é vantajoso incluir dependentes na declaração. É importante lembrar que, ao incluir um dependente, é necessário informar todos os rendimentos dele, como salário, pensão ou bolsa de estágio. Esses rendimentos extras podem fazer com que o contribuinte tenha que pagar um valor maior de imposto. Recomenda-se que o contribuinte preencha a declaração com e sem o dependente para avaliar qual opção é mais benéfica.
Além disso, a Receita Federal realiza o cruzamento de dados com várias fontes para identificar todas as transações que geraram patrimônio de valor para o contribuinte do Imposto de Renda. Além dos rendimentos e despesas, ela avalia também os bens e direitos que a pessoa possui, como imóveis, veículos, joias, obras de arte e investimentos.
Ademais, ao declarar, é essencial avaliar as despesas dedutíveis para determinar se a declaração simplificada ou a declaração completa proporcionará um desconto maior no imposto. O programa orienta o contribuinte sobre qual opção é mais vantajosa.
Todavia, vale ressaltar que os contribuintes devem declarar os valores de imóveis e veículos com base no preço de aquisição, sem correção pela inflação ou valorização de mercado. Alterações no valor só são válidas em caso de reformas ou compra por financiamento, no caso de imóveis.
Por fim, ao desvendar esses mitos e entender as regras do Imposto de Renda, os contribuintes podem evitar problemas futuros e garantir a entrega correta da declaração. Fiquem atentos aos prazos e verifiquem todas as informações para evitar complicações com a Receita Federal.
