Após um mês com o novo governo Lula, um cargo federal importante continua vazio. Compreenda por que o INSS está há 1 mês sem presidente.
Situação preocupante
O cargo destinado à presidência desse órgão federal está sendo ocupado temporariamente por Larissa Andrade Mora, uma substituta.
A situação atual é preocupante, tendo em vista que ao final do governo de Jair Bolsonaro, a instituição responsável pelo seguro financeiro de mais de 37 milhões de cidadãos, corria risco de apagão.
Tempo de espera nas filas aumenta com o fato do INSS estar há 1 mês sem presidente
De acordo com informações advindas do gabinete de transição, a quantidade de pedidos aguardando análise é maior que 5 milhões. Assim, o número exorbitante agrega pedidos de aposentadoria e auxílio-doença, revisão de benefícios, além de diversas solicitações. Assim, tendo em vista que o INSS está há 1 mês sem presidente, a demora pode aumentar ainda mais.
Consta na lei a obrigação de 60 dias para revisões de pedidos. Entretanto, esse prazo não é respeitado há muito tempo. Em sua posse, o presidente Lula afirmou que dará atenção a esse setor. Desse modo, tem o intuito de minimizar esse tempo de espera nas filas.
Rodrigo Nevez foi solicitado para o cargo. No entanto, o ex-prefeito de Niterói e candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro, disse não à proposta do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Em suma, a assessoria de imprensa do Ministério da Previdência, o governo Procura, afirma que o nome para o cargo em questão está sendo analisado, ressaltando a exigência de ser um dos servidores de carreira no INSS.
De acordo com Cristiano Machado, dirigente da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência), existem muitos fatores que esperam a indicação do indivíduo para o cargo. O INSS está há 1 mês sem presidente e, além da demora da análise de pedidos, outro fator preocupante é a retomada da assistência direta nas agências.
Antigo governo
Algumas propostas tiveram início durante o governo Bolsonaro. Em sua maioria, o foco era a tecnologia, como o desenvolvimento de canais virtuais, tal qual a plataforma Meu INSS e outros recursos para automatizar o estudo das solicitações. No entanto, as medidas não foram tão eficientes assim para diminuir o tempo de espera nas filas.
Estima-se, com base nos dados da Fenasps, que haja um déficit de 23 mil servidores no Instituto. Machado afirma que o ideal seria mudar a jornada de trabalho para 30 horas semanais e abertura de 12 horas das agências. Além disso, defende a necessidade de uma análise salarial e aprovação de novos concursos.
INSS está há 1 mês sem presidente e interfere em parcerias e nomeações
O fato de o INSS estar há 1 mês sem presidente influencia em setores administrativos importantes. Adriane Bramante, presidente do IBPD (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), diz que várias funções estão conectadas a esse cargo, desde nomeação de outros postos, quanto operações de sistemas. Além disso, lembra da associação entre o INSS e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tem vencimento em março. Desse modo, o tempo para eleger um novo presidente deve ser o menor possível.