Nesta quarta-feira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um anúncio que traz esperança para muitos brasileiros. Segundo Haddad, os juros do cartão de crédito rotativo, que atualmente atingem a expressiva marca de 455% ao ano, irão sofrer uma queda significativa nos próximo 90 dias. Esta estratégia faz parte de um plano de ação estudado em conjunto com o governo, representantes do varejo e setor financeiro para enfrentar tais taxas abusivas.
O problema dos juros altos, principalmente do cartão de crédito rotativo, têm atormentado a vida dos brasileiros há um bom tempo. Isso é especialmente difícil se considerarmos a situação em que, se houver um imprevisto financeiro, o usuário do cartão não consegue pagar a parcela da fatura e automaticamente é atingido por esses juros exorbitantes.
Hoje a situação é insustentável?
“Vai cair. Quando eu digo gradualmente, não significa que vai cair de 430% para 420%. A queda será forte, mas mesmo assim vai continuar alto por um tempo, até que possamos concluir a transição. O que vamos implementar no sistema bancário é uma transição para um sistema mais saudável que o atual”, declarou o ministro da Fazenda.
Mecanismos propostos
Na visão do ministro, as taxas de juros atuais do rotativo, consideradas as mais elevadas do mercado, são absurda e não possuem uma sustentação razoável. Com o plano de ação, o governo espera criar um ambiente em que, se o consumidor parcela e paga em dia, esteja resguardado. Caso haja um problema e não consiga pagar a parcela do cartão de crédito, ele não será penalizado com esses juros absurdos.
O que o futuro nos reserva?
Entre as medidas tomadas pelo governo neste ano, Haddad destacou o “freio de arrumação” que permitiu a redução da inflação e que abre espaço para a queda dos juros. Esta quarta feira foi marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros, com a expectativa de redução de 0,25 a 0,5 ponto percentual na Selic, que atualmente está em 13,75%. O ministro finalizou dizendo: “Estamos todos trabalhando na mesma direção, para colocar a casa em ordem. Com a casa arrumada, teremos benefícios como queda na inflação, queda do dólar, e isso indica uma direção para um corte mais consistente.”