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Juros dos bancos podem aumentar? Fique atento

O Brasil possui taxas altas e isso pode ser analisado ao longo dos anos. Descubra agora se os juros dos bancos podem aumentar.

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O Brasil possui taxas altas e isso pode ser analisado ao longo dos anos. Descubra agora se os juros dos bancos podem aumentar. 

Cenário brasileiro

Historicamente, os juros dos bancos brasileiros são altos, podendo variar em alguns períodos. Por exemplo, no ano de 2020 a Selic chegou a 2% anuais, valor baixo que voltou a crescer em 2022. 

Nesse sentido, a Selic apresentada em 2023 pelo Comitê de Política Monetária (Copom) foi de 13,75%. Ainda, vale destacar que esse é um custo elevado, aprovado pelo Banco Central devido ao intuito de controlar a inflação. 

No que se baseiam os altos juros dos bancos?

De forma geral, o nível das taxas varia de acordo com o poder de compra dos cidadãos. Dessa forma, com os juros dos bancos mais baixos, torna-se mais fácil conseguir um financiamento, por exemplo. 

Assim, de acordo com a lei de oferta e procura, a inflação pode crescer caso haja um número maior de pessoas comprando do que de produtos disponíveis. 

Buscando formas de controlar a situação, a Copom realiza reuniões a cada 45 dias, com o propósito de analisar a inflação e as opções de crédito. 

Vale ressaltar que as cobranças ficam 0,10 pontos abaixo da Selic, segundo o Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Portanto, os juros vigentes são de 13,65% anuais.  

Sobre o spread bancário

Trata-se da diferença entre o valor de juros dos bancos pago pelo cliente no momento do empréstimo e as taxas pagas pela instituição financeira ao seu investidor. Em outras palavras, spread bancário é a quantia reservada pelo banco, capaz de concretizar suas ações e gerar lucro para seus acionistas. 

No caso do Banco Central, esse termo refere-se à diferença entre a tarifa do empréstimo e a média ponderada entre os juros de captação de CDBs. Além disso, cabe destacar que a atividade segue a fórmula: spread = juros de empréstimo – tarifa de captação. 

Em suma, com um valor elevado, o spread bancário brasileiro chegou a 29% em 2022. 

Outro ponto é que os juros dos bancos geralmente são grandes e desproporcionais, por conta do risco da inadimplência.

Dessa forma, entre os gastos dos bancos estão as despesas administrativas, custo compulsório, FGC e encargos fiscais; risco de inadimplência e sua margem de segurança, além de outros impostos. 

Risco de inadimplência e os juros dos bancos

Conforme discutido, os juros dos bancos possuem relação direta com a possibilidade de inadimplência. Ou seja, os valores altos servem para proteger a instituição financeira. 

De acordo com uma análise da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), quase 78% dos brasileiros chegaram a 2023 com alguma dívida próxima do vencimento. Além disso, aproximadamente 29% estavam em situação de inadimplência. 

Entre as justificativas para mandar as altas taxas de juros dos bancos, está a de que apenas 0,13 dólar é recuperado após o empréstimo de 1 dólar. Nesse sentido, os bancos brasileiros perdem em comparação com a média mundial de 34% de retorno. 

Em suma, os analistas apontam as altas cobranças como parte do problema gerador de dívidas dos brasileiros. De acordo com o Departamento de Estudos e Pesquisas do Banco Central do Brasil (BCB/DEPEP), mais da metade do valor cobrado no spread resulta em lucro para os acionistas. 

Acredita-se que essas medidas abusivas acontecem por conta da falta de concorrência e tecnologia. Visto que não impactam na aplicação de juros de bancos mais atrativos no mercado.  

Por exemplo, com o avanço das fintechs de 2017 a 2020, as instituições financeiras diminuíram seu spread de 24% no primeiro ano citado para 14%. 

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