O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pela frente diversos desafios, principalmente na área econômica, cujo ministro da Fazenda é Fernando Haddad.
Ao longo da campanha que o consagrou vitorioso nas urnas, Lula apresentou mais de 80 propostas para a economia do país. Para colocar algumas delas em prática, como o investimento em infraestrutura e na indústria e a manutenção do crédito a juros baixos para micro e pequenos empreendedores.
Além dos programas sociais, o presidente precisará fazer rearranjos no comprometido Orçamento da União..
Para empresários e executivos brasileiros, é necessário gerar riqueza, abrir vagas de emprego, para aí sim pensar em políticas sociais.
“Precisamos arrumar a casa, retomar uma trajetória de crescimento. Construir um caminho para, com transparência e previsibilidade. Conciliarmos as pressões fiscais e a agenda social.
O crescimento e a geração de emprego e renda são, sobretudo, a política social mais eficiente que pode existir. Somos a favor das políticas de distribuição de renda e entendemos que, crescendo, poderemos distribuir o que nós temos.
Portanto, não há política social que se sustente sem o país crescer em níveis elevados. Os bancos têm uma mensagem de otimismo, porque confiamos na capacidade de empreendedorismo do Brasil e na capacidade do setor privado em alavancar o país”,
Assim, disse Isaac Sidney, presidente da FEBRAN ( Federação Brasileira de Bancos).
Argentina será o primeiro País a ser visitado
Por fim, Lula deve desembarcar em Buenos Aires na segunda-feira (23/1) para participar da reunião de cúpula da CELAB (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) na terça-feira (24/1).
O Brasil voltou a integrar o bloco regional, composto por outros 32 países, após dois anos fora do grupo. Ele também tem encontro marcado com o presidente argentino, Alberto Fernández.
Em seguida, Lula parte para Montevidéu, onde também estão programadas reuniões bilaterais com o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, e outras autoridades locais.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já anunciou que o petista deve visitar também, nos três primeiros meses de governo, Estados Unidos e China, sobretudo,os dois principais parceiros comerciais do Brasil atualmente.
Para a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC Paulista (UFABC), Tatiana Berringer.
Disse que as escolhas de destinos iniciais de um novo presidente preveem sua estratégia de política externa.
É tradição a escolha de país vizinhos por novos presidentes para as primeiras viagens oficiais. Mas, segundo analistas, a decisão de Lula de estrear sua agenda internacional com a ida à Argentina simboliza antes de tudo uma clara mudança de rumo nas relações entre as duas nações.
Por fim, entre Brasil e América do Sul de forma geral.