Na quarta-feira (19), o general Augusto Heleno Ribeiro, atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), anunciou a exoneração do general Gonçalves Dias do comando do órgão.
A medida foi tomada após a polêmica envolvendo o vazamento de imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto, que mostraram Dias no prédio no dia em que ocorreu a invasão e depredação por parte de manifestantes.
Após a decisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (20) que o ex-ministro “saiu por conta própria”.
No entanto, é importante destacar que a demissão ocorreu em meio a uma forte pressão política e midiática, que questionava a atuação do GSI durante a invasão do Palácio do Planalto.
Exoneração do general Gonçalves Dias do GSI
A polêmica teve início no dia 8 de janeiro, quando um grupo de manifestantes invadiu o Palácio do Planalto e depredou parte do prédio.
Na ocasião, Dias estava no local e teria se refugiado em uma sala junto com outros funcionários.
As imagens do circuito interno de segurança mostram o general andando pelos corredores do prédio.
A divulgação das imagens gerou críticas de setores da sociedade e da imprensa, que questionavam a atuação do GSI durante o episódio.
Além disso, o fato de Dias ter permanecido em silêncio sobre sua presença no prédio e só ter se manifestado após a divulgação das imagens também gerou desconfiança.
Diante da pressão, o presidente Lula decidiu exonerar Dias do comando do GSI. Em nota, o general alegou que sua saída ocorreu por “razões pessoais”.
No entanto, a repercussão do caso levantou questionamentos sobre a eficácia do GSI na proteção do Palácio do Planalto e de outras instalações do governo.
É importante ressaltar que o GSI é um órgão responsável por assessorar o presidente da República em assuntos de segurança institucional.
Além de garantir a segurança do Palácio do Planalto, o órgão também é responsável pela proteção de autoridades e pela coordenação de ações de segurança em eventos oficiais.
A exoneração de Dias, portanto, pode ser um sinal de que o governo está atento às críticas e disposto a tomar medidas para reforçar a segurança institucional do país.
No entanto, é preciso lembrar que a proteção do patrimônio público e das autoridades é uma tarefa complexa, que exige planejamento, recursos e uma equipe altamente capacitada.
Aliás, diante disso, cabe aos gestores públicos avaliar as lições que podem ser extraídas desse episódio e adotar medidas para aprimorar a segurança institucional do país.