Joao Carvalho
Luiz Inácio Lula da Silva está de volta e irá comandar o Brasil pelos próximos 4 anos. Durante a cerimônia, o presidente mandou um recado bem claro para os investidores de Banco do Brasil e Petrobras:
“O governo Bolsonaro usou as companhias só para agradar a acionistas, em detrimento da função social delas. Agora as coisas vão mudar.”
Na segunda passada dia (02/01), o presidente já acabou com as esperanças de que a Petrobras e outras estatais sejam privatizadas ao assinar um ato que retira as empresas do processo de desestatização.
Sobretudo, a petroleira será comandada por Jean Paul Prates, senador do PT pelo Rio Grande do Norte. Nome que alimenta o medo do mercado sobre uma eventual mudança na politica de preços da companhia.
O Lula mais pacificador que vimos durante a campanha não existe mais. Contudo, essa teria é demostrada com a PEC de transição. Aquela conhecida por quebrar todos os tetos de gastos.
O Ibovespa (B3), a bolsa de valores brasileira, perdeu R$ 156,269 bilhões em valor de mercado nesta terça-feira (10/01), depois que um discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva criticando políticas de controle fiscal.
O principal índice da bolsa brasileira registrou baixa de 3,35%, aos 109.775,46 pontos, na maior queda diária desde setembro de 2021.
O cálculo foi feito pelo TradeMap (consultoria). Este então, considera a variação no valor de mercado de cada uma das companhias que integram o índice. Em dois dias de quedas seguidas, as perdas totais do Ibovespa chegaram a R$ 247,8 bilhões.
A queda brusca ocorreu desde a abertura do mercado, às 10h, mas foi intensificada após discursos de Lula pela manhã.
“Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos? É preciso fazer superávits? É preciso fazer tetos de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social do país?”
Assim discursou o presidente da república, Lula.
FIM DO REAL! TEREMOS NOVA MOEDA
B3 em “queda livre”
Não é novidade que a bolsa brasileira começou o ano com fortes perdas, impulsionada pela queda no preço de ações de empresas estatais, em meio a um discurso de maior intervenção do novo governo na economia
Ações como a da Petrobrás (PETR3;PETR4) caíram, respectivamente, 6,6% e 6,4%, perda de R$ 22,768 bilhões em valor de mercado. o Banco do Brasil (BBAS3) recuou 4,2%, gerando uma perda de valor de mercado de R$ 4,28 bilhões.
Eletrobrás (ELET3;ELET6) perdeu R$ 3,428 bilhões em valor de mercado e a Caixa Seguridade (CXSE3) R$ 690 milhões.
Liderando as maiores quedas temos: São Martinho (SMTO3), com menos 11,3%, após a confirmação da prorrogação da desoneração de impostos federais sobre os combustíveis.
Com isso prejudica a competitividade das empresas produtoras de etanol. Com maior risco fiscal no radar, os juros futuros dispararam, derrubando as ações de tecnologia, varejo e construção.
Por fim, fica a imagem da incerteza do que vem pela frente. Se teremos um avanço em nossas estatais ou se teremos um retrocesso jamais visto antes.
