Nos últimos meses, o Brasil tem recebido uma série de representantes internacionais de alto nível para discutir a agenda ambiental, junto com Marina Silva.
Em janeiro, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, veio ao Brasil para ouvir os planos do governo para conter o desmatamento e discutir a COP 28, que ocorrerá em dezembro nos Emirados Árabes Unidos.
A visita foi acompanhada por uma agenda econômica, com a União Europeia elaborando duas legislações que afetam o Brasil: a primeira brecando a importação de commodities vinculadas ao desmatamento e a segunda adotando um mecanismo que vai taxar a importação de produtos conforme a sua pegada de carbono.
Em março, foi a vez do vice primeiro-ministro da Alemanha e ministro da Economia e do Clima, Robert Habeck, vir ao Brasil para discutir o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, mas com um olhar voltado para os compromissos ambientais e para o hidrogênio verde.
Na mesma época, o ministro do Clima da Noruega, Espen Eide, também veio ao país para discutir o desmatamento e destravar o Fundo Amazônia.
Marina Silva ouviu que Brasil receberá quantia milionária
Recentemente, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, recebeu o enviado especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry. Kerry veio ao Brasil para reafirmar a promessa do governo americano de contribuir para o fundo Amazônia, com um possível aporte inicial de 50 milhões de dólares.
No entanto, não houve confirmação do valor e pode ser maior, dependendo das articulações políticas domésticas, do apelo a bancos de desenvolvimento e do mercado de carbono.
Essas visitas são importantes porque mostram a preocupação dos países em relação à agenda ambiental do Brasil.
O país tem um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas, uma vez que a Amazônia é o pulmão do mundo e o desmatamento é uma das principais fontes de emissão de gases de efeito estufa.
No entanto, o Brasil tem enfrentado desafios importantes nessa área, como o aumento do desmatamento, a crise dos Yanomamis e as enchentes.
Além disso, o país está recebendo pressão internacionalmente a cumprir com seus compromissos ambientais, especialmente após a divulgação do novo relatório do painel internacional de mudanças climáticas, que confirma os piores temores em relação à evolução das mudanças climáticas.