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Após um pouco mais de um ano da privatização da Eletrobras, cerca de 11% dos investidores que aplicaram recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) na empresa decidiram migrar seus investimentos dos fundos FMP Eletrobras para os FMP (Fundo Mútuo de Privatização) Carteira Livre. Essa estratégia tem como objetivo diversificar a carteira e minimizar os riscos, já que a Eletrobras vem enfrentando uma queda de 4,5%.
O analista-chefe de ações do Simpla Club, Gabriel Bassotto, pensa que a migração de volta ao FGTS pode valer a pena para aquelas pessoas que estão prestes a se aposentar ou que se enquadram em alguma das situações que permitem o saque, visto que, mesmo rendendo pouco, o FGTS apresenta uma segurança maior do que os FMPs.
Especialistas veem com bons olhos a migração para fundos com portfólio diversificado
Ana Paloma Brum, analista da Toro Investimentos, afirma que os FMP Carteira Livre oferecem a possibilidade de montar um portfólio diversificado e que, além disso, têm a prerrogativa de ter uma parcela do portfólio destinada às ações e outra voltada para a renda fixa. Dessa forma, o investidor tende a ter uma experiência de investimentos mais suavizada, com menos volatilidade.
FMP Carteira Livre e as regras de saque do FGTS
Para os investidores que migraram para os FMP Carteira Livre, ou para os que permaneceram nos fundos de Eletrobras, o saque segue as mesmas regras de resgate do FGTS, tais como aposentadoria, aquisição de imóvel ou demissão. Além disso, passado um ano da privatização, os poupadores também têm a opção de migrar o dinheiro investido na Eletrobras de volta ao FGTS.
Desempenho de fundos Carteira Livre tem surpreendido investidores
De acordo com Marcos Peixoto, gestor da XP Asset, investidores que realizaram a migração nos últimos meses para os FMP Carteira Livre têm sido bem-sucedidos até agora. Como exemplo, o XP Investor FMP obteve retorno de 12,6% desde o lançamento, em 25 de novembro de 2022, até 20 de junho de 2023, enquanto as ações da Eletrobras tiveram uma queda de 13% no mesmo período.
No entanto, Peixoto ressalta que o resultado passado não é garantia de resultado futuro e que os FMPs Carteira Livre, por envolverem gestão ativa, possuem uma taxa de administração mais elevada do que os fundos monoações FMP Eletrobras. Porém, a estratégia mais diversificada e a inteligência de gestão compensam esse custo mais elevado.
