Samuel
O programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV) vem sendo divulgado gradualmente, revelando informações sobre a Faixa 1, destinada às pessoas com menor renda e em que o governo subsidia quase todo o valor do imóvel.
Dessa forma, ficou estabelecido um teto de R$ 170 mil para as unidades construídas nessa faixa, o que pode gerar uma margem bruta de 25%. Estima-se que, das duas milhões de residências precisam desenvolvimento pelo programa até 2026, 500 mil estejam classificadas na Faixa 1.
Aprovações orçamentarias
Embora haja potencial de ganhos, as construtoras que atuam nessa faixa devem enfrentar algumas exigências rígidas do governo em relação à tipologia das unidades, além de terem que lidar com o financiamento das habitações, que é feito pelo Governo Federal, e pode sofrer possíveis atrasos no recebimento de pagamentos se houver algum atraso em aprovações orçamentais.
De acordo com o Bradesco BBI, o apetite e o potencial impacto nas construtoras que os analistas cobrem ainda dependem de regras a serem definidas, mas é importante ver as mudanças do Minha Casa Minha Vida sendo anunciadas pelo governo federal. O Itaú BBA destaca que, apesar do potencial de ganhos, as empresas têm alguns pontos de atenção em relação ao programa da Faixa 1.
Entre eles, estão os riscos e custos comerciais, como custos de estoque, marketing, vendas e comissões, eliminados, uma vez que as unidades já estão vendidas. Ainda segundo as estimativas do Itaú BBA, o novo teto pode demandar até R$ 20 bilhões por ano em subsídios públicos.
Minha Casa Minha Vida
Os analistas relataram que todas as empresas poderão se tornar participantes nesta faixa do programa Minha Casa Minha Vida, desde que os riscos sejam endereçados. Por isso, seguem com uma visão positiva para construtoras de baixa renda, tendo preferência pelas ações da Cury e Direcional, dada a liquidez. O próximo passo para o programa é a nomeação do Conselho Curador do FGTS, sendo um gargalo para novas mudanças caso fique indefinido.
Em conclusão, o programa habitacional Minha Casa Minha Vida apresenta novas regras para a Faixa 1. Ou seja, destinada às famílias com menor renda, com um teto de R$ 170 mil para as unidades construídas. Embora as construtoras possam ter um potencial de ganhos significativo, elas também enfrentam desafios em relação a exigências mais rígidas do governo quanto à tipologia das unidades e ao financiamento das habitações. Além disso, o novo teto pode demandar até R$ 20 bilhões por ano em subsídios públicos.
