Nesta semana, o senador Sergio Moro, afirmou que apresentará ao Senado um projeto de lei “prevendo a criação de crimes para punir atos de planejamento de atentados contra autoridades públicas”.
Dessa forma, a proposta legislativa é uma resposta ao planejamento de seu assassinato e de outras autoridades, que foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta manhã. Sendo assim, até agora, 9 pessoas foram presas.
Ademais, o anúncio é feito durante uma entrevista concedida à Globo News, com a justificativa é de que, embora as autoridades soubessem desde janeiro sobre o possível atentado, “têm de esperar o crime começar para poder agir”.
Também, mesmo de já existir o crime de associação criminosa, para Moro, seria necessário proteger forças-tarefas e “aumentar a segurança destes entes.
Intenção de matar é crime? Entenda
Outrossim, a fala do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro é uma referência ao fato de a legislação penal não punir a intenção de praticar um crime.
Para tanto, é preciso que o delito tenha algum tipo de ação concreta, semelhante a constituição de uma organização criminosa, para receber uma condenação. Assim, não impede investigações.
Também, Flávio Dino, afirmou que, a empreitada contra Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya era conhecida pelas autoridades, como forma de afastar a vinculação do planejamento.
O petista relembrando os tempos de prisão, disse que, na época, pensava “só vou ficar bem quando foder com Moro”.
Além do mais, o senador também relatou que já dialogou com Rodrigo Pacheco, presidente da casa, que teria se mostrado solidário à proposta legislativa que será apresentada em algumas horas.
Vale observar que, a esposa, a deputada federal Rosângela Moro, esteve na entrevista e também demonstrou proximidade com a chefia da Câmara.
A mesma diz que, no final de janeiro, falou com Arthur Lira sobre estas ameaças e que ele teria deixado a polícia legislativa à disposição.
E mesmo que tenha afirmado durante a entrevista que tem “olhado para a frente”, Moro elogiou a transferência de lideranças do PCC para presídios federais. Essa medida do governo de Bolsonaro e possível justificativa do atentado que estava sendo planejado contra o senador e outras autoridades. “Isso deveria ter sido feito em 2006”, declarou o parlamentar.
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