Samuel
A presidente da Caixa (CEF), Maria Rita Serrano, confirmou que o banco vai começar a operar o novo Bolsa Família em 20 de março. Contudo, sob novas regras, como a obrigatoriedade da matrícula escolar de crianças beneficiárias. Essa é uma das principais mudanças do programa social que atende milhões de famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade.
Cartão do Novo Bolsa Família
O Bolsa Família é um programa de transferência de renda criado em 2003, no governo Lula, com o objetivo de combater a pobreza. Desde então, ele vem sendo aprimorado e ampliado por governos sucessivos, até chegar ao formato atual.
Segundo Maria Rita Serrano, o Banco planeja transformar os 21 milhões de cartões das famílias atendidas em cartões de débito, para facilitar pagamentos e bancarizar a população. Cada cartão do novo Bolsa Família estará vinculado a uma conta e poupança digital no banco, o que permitirá que as pessoas tenham acesso a serviços financeiros e possam movimentar suas contas com mais facilidade.
Além disso, a Caixa Econômica Federal pretende expandir a funcionalidade do cartão de débito para todos os beneficiários do programa, que hoje em sua maioria sacam os valores na boca do caixa e lotéricas ou recebem pelo aplicativo “Caixa Tem”. Com a mudança, a expectativa é de que o número de pessoas bancarizadas no país aumente, o que pode contribuir para a inclusão financeira e o desenvolvimento econômico.
Durante o lançamento do programa Mulheres de Favela, no Complexo do Alemão, no Rio, Serrano destacou que a primeira fase do projeto prevê capacitar e orientar 50 mil mulheres em um ano e meio para que entrem no mercado de trabalho. A ação envolverá três comunidades em diferentes cidades do Brasil, com cursos profissionalizantes e mentoria disponíveis a um orçamento de R$ 16 milhões.
Formato da novidade
De acordo com a presidente da Caixa, a intenção é que todos os cartões do novo Bolsa Família sejam de débito. “Estamos falando de 21 milhões de famílias. Os cartões de débito irão facilitar a movimentação das contas das pessoas e garantir a bancarização dessas famílias. Todos os beneficiários terão uma conta e uma poupança digital, permitindo a retirada dos recursos de forma mais fácil”, afirmou.
A mudança na forma de pagamento do Bolsa Família é uma das principais medidas do novo programa social, que também prevê o aumento do benefício. Além disso, deve ocorrer a criação de novas modalidades de transferência de renda. No entanto, ainda há incertezas em relação ao financiamento do programa e à periodicidade dos reajustes, o que gera preocupação entre os beneficiários.
Por fim, questionada sobre a periodicidade dos reajustes e sua relação com a inflação, Serrano preferiu não responder. Ademais, afirmou que a decisão cabe ao governo federal. Ela assumiu a presidência do banco em janeiro e tem como desafio garantir a operação eficiente do novo Bolsa Família.
