Samuel
A discussão sobre o aumento do salário mínimo está prevista para ser concluída durante o Carnaval. Com isso, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, pretende anunciar o novo valor no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador. Porém, apesar de não ter decidido sobre o assunto, a expectativa é que o salário mínimo suba para R$ 1.320.
Novo salário mínimo
Esse adicional de R$ 1.320 representa o valor que o novo governo se comprometeu a fornecer, mas que não foi entregue em janeiro. No entanto, os gastos com aposentadorias e pensões foram maiores do que o previsto.
Com isso, Marinho anunciou no dia 18 de janeiro que o valor permaneceria em R$ 1.302, ele também discutiria aumentos nas semanas e meses seguintes.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou atenuar o aumento diminuindo os gastos públicos. No entanto, mesmo dentro do Ministério da Fazenda, acredita-se que é impossível impedir aumentos salariais.
Valorização do trabalho
Além do potencial aumento do salário mínimo, em recente entrevista à Agência Brasil, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, discutiu as metas e prioridades da pasta no atual governo.
Com isso, enfatizou a importância de reparar as relações trabalhistas com a gestão anterior. O ministro disse que o contrato coletivo e a lei trabalhista foram alvo dos ataques mais cruéis, que afetaram negativamente a proteção do emprego e o cálculo dos salários, bem como a geração de emprego e renda.
Diante disso, o ministro defende a necessidade de se iniciar um processo de reparação e restabelecimento dessas relações para que se retorne ao caminho da negociação e valorização do trabalho.
No entanto, o ministro do Trabalho também reconheceu a necessidade de retomar os projetos públicos em detrimento da economia para gerar empregos. Ele estimou que há 14 mil obras bloqueadas no país, um número grande que pode levar ao aumento do emprego e ao crescimento econômico.
Além do salário mínimo, Luiz Marinho falou sobre a precarização do mercado de trabalho, que tem predominado nos últimos anos. Isso o levou à afirmação de que isso estava ocorrendo em grande escala e era a preocupação exata.
O ministro disse que essa questão precisa ser desenvolvida. Logo, ele se preocupou com os funcionários e tentou protegê-los, pois as empresas estavam superexplorando os trabalhadores.
No final das contas, ele concluiu que não dá para ficar desprotegido, pois há milhões de trabalhadores em todo o mundo, inclusive no Brasil, que trabalham sem nenhuma proteção social.
