Ahmad Tarabain
Em uma recente divulgação de seu balanço financeiro, o Nubank confirmou seu lugar de destaque no cenário financeiro do Brasil. Saindo de uma startup para se tornar o quarto maior banco brasileiro em número de clientes, sua presença é cada vez mais notável. Com cerca de 80 milhões de usuários em solo nacional, a fintech tem mexido com a dinâmica do mercado financeiro.
Porém, nem tudo são flores. Recentemente, uma declaração do cofundador e CEO do Nubank, David Vélez, tem causado um certo descontentamento entre seus usuários, principalmente no que tange à taxa de juros do crédito rotativo do cartão de crédito.
Qual a Controvérsia em Torno do Crédito Rotativo?
O Ministério da Fazenda, em parceria com o Banco Central e diversos outros bancos e varejistas do país, está promovendo debates acerca dos juros do crédito rotativo de cartões de crédito. O objetivo dessas reuniões é a criação de um projeto de lei a ser votado no Congresso Nacional, que vise diminuir tais juros.
O crédito rotativo é uma opção disponível para o consumidor quando não é possível pagar o valor total da fatura do cartão até a data de vencimento. No entanto, entre abril e maio deste ano, a taxa do rotativo subiu de 447,3% para 455,1% ao ano, contribuindo fortemente para o alto índice de endividamento da população brasileira.
O que David Vélez Tem a Dizer Sobre Isso?
David Vélez afirmou que, apesar de estar presente nas discussões, acredita que estabelecer um limite de juros para o rotativo do cartão de crédito não seria uma medida benéfica. Para ele, “seria um remédio pior que a doença”, podendo acarretar no cancelamento de 65 milhões de cartões pelos bancos e na retração do crédito, justamente em um momento que a economia visa crescer.
Qual a Expectativa Futura?
Segundo informações veiculadas, o vice-presidente financeiro do Nubank, Guilherme Lago, está representando a empresa nas negociações. A expectativa é que as partes envolvidas cheguem a um consenso dentro de 90 dias.
Enquanto o futuro ainda é incerto, o Nubank continua a expandir sua base de clientes e influência no mercado. À medida que as negociações continuam, é importante que os consumidores se mantenham informados sobre os possíveis impactos dessas mudanças em suas vidas financeiras.
