Ahmad Tarabain
No último fim de semana, de 2 a 3 de setembro de 2023, uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Coordenação de Inteligência do Ministério da Previdência Social (COINP) surpreendeu os habitantes do estado do Rio de Janeiro. Batizada como “Operação Rábula”, a operação foi realizada com o intuito de combater um complexo esquema de fraudes contra o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
Os agentes federais cumpriram seis mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2º Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As cidades de Queimados, Nova Iguaçu, Teresópolis e Vassouras foram o palco desta operação cautelar, que visa desmantelar o grupo que cria pessoas fictícias para recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), destina a idosos de baixa renda.
Como funcionava o esquema fraudulento?
A série de investigações realizadas pela Polícia Federal e pela COINP revelaram que alguns membros da quadrilha eram responsáveis por sacar, mensalmente, os benefícios atribuídos às pessoas fictícias criadas pelo grupo. Estes saques ocorrem há mais de cinco anos, e o prejuízo estimado é de mais de R$ 16 milhões.
Quem são os suspeitos envolvidos?
As investigações apontaram que o esquema criminoso atuava especialmente nas regiões da Baixada Fluminense, Vassouras e Teresópolis. A quadrilha era composta por um servidor do INSS, um advogado e pessoas que se passavam por advogados. Eles estão sendo acusados dos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário e falsificação de documentos.
Fraudes no sistema previdenciário: um problema a ser combatido
Atualmente, as fraudes ao sistema previdenciário têm se tornado uma preocupação recorrente para as autoridades. A Operação Rábula é um marco importante nesta luta, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido para aprimorar os controles e os sistemas de segurança envolvidos na concessão de benefícios sociais.
De acordo com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro, os investigados responderão na Justiça pelos crimes que foram lhes imputados. O prejuízo estimado em R$ 16 milhões é um forte alerta para que a sociedade e as agências governamentais permaneçam sempre vigilantes em relação a qualquer tipo de atividade suspeita relativa ao sistema previdenciário brasileiro.
