Joao Carvalho
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que Anatoly Legkodymov operava a bolsa Bitzlato registrada em Hong Kong como um paraíso para lavagem de dinheiro.
As autoridades dos Estados Unidos prenderam um cidadão russo acusado de administrar uma casa de câmbio de criptomoedas registrada em Hong Kong como um equipamento de lavagem de dinheiro.
Por fim, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse que Anatoly Legkodymov, um russo que vive em Shenzhen, na China, deve ser indiciado na quarta-feira (18/01) por seu papel na transmissão de um total de US$ 700 milhões em fundos ilícitos.
Sobretudo, por meio da casa de câmbio virtual Bitzlato, que se apresentou como exigindo identificação mínima dos usuários.
A prisão realizou-se em conjunto com a Rede de Repressão a Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro dos EUA e autoridades estrangeiras, disseram as autoridades.
“Da noite para o dia, o Departamento trabalhou com parceiros importantes aqui e no exterior para interromper o Bitzlato, o mecanismo de lavagem de dinheiro com sede na China que alimentou um eixo de alta tecnologia do criptocrime, e para prender seu fundador, o cidadão russo Anatoly Legkodymov”
Assim, relatou a vice-procuradora-geral Lisa Monaco a repórteres em Washington, DC.
Governo Norte Americano busca mais infratores
A prisão ocorre menos de um mês depois que o Departamento de Justiça anunciou a extradição de outro líder de criptomoedas, Sam Bankman-Fried , ex-CEO da falida empresa de criptomoedas FTX.
Ele estava nas Bahamas e enfrenta acusações de fraude e lavagem de dinheiro.
O Departamento de Justiça dos EUA saudou a prisão de Legkodymov em Miami, Flórida, na noite de terça-feira (17/01). O Departamento apelidou tal crime como um “golpe no ecossistema do criptocrime”.
Autoridades disseram que a bolsa atendia a “bandidos conhecidos”. Incluindo criminosos que,sobretudo, buscavam um paraíso para o dinheiro obtido com o comércio de narcóticos e com a venda de informações financeiras roubadas.
Durante a coletiva de imprensa, o procurador dos Estados Unidos, Breon Peace, afirmou que: “as instituições que negociam criptomoedas não estão acima da lei”.
Além disso, Peace ressaltou que “seus proprietários não estão fora do nosso alcance nas investigações“.
Prenderam Legkodymov em Miami, na Flórida. O suposto fundador da corretora de criptomoedas Bitzlato é acusado de processar US$ 700 milhões em fundos ilícitos. Comisso, contribuindo com a lavagem de dinheiro de grupos criminosos.
Assim, a Justiça apreendeu todos os criptoativos da Bitzlato.
De acordo com o procurador dos Estados Unidos, a Bitzlato vendeu-se a criminosos como uma exchange de criptomoedas sem perguntas. E como resultado, colheu centenas de milhões de dólares em depósitos.
