A revisão no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), de acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, realizar-se-á para “garantir a justiça social”. Esse mecanismo serve como referência para identificar famílias elegíveis para receber benefícios sociais, como o Bolsa Família.
“Ninguém vai fazer economia com o Bolsa Família. Ao contrário, pente-fino é para garantir justiça social tirando de quem não precisa. E quem está de forma irregular recebendo. Essa é uma tarefa agora do ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social). Nosso papel é dar todo o suporte orçamentário na avaliação da nova política”.
Assim, declarou Simone.
O que é o Sistema do CadÚnico
O Cadastro Único (CadÚnico) é um banco de dados mantido pelo Governo Federal que visa reunir informações socioeconômicas e demográficas de todas as famílias brasileiras.
O objetivo é fornecer informações precisas para a tomada de decisões sobre políticas públicas e ajudar na identificação das famílias mais identificadas para a distribuição de benefícios sociais.
Usa-se também o CadÚnico como candidato de seleção para programas sociais como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
Atualiza-se regularmente a base de dados com informações de fontes governamentais e não governamentais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O CadÚnico é uma ferramenta importante para a implementação de políticas públicas eficientes.
E para garantir também que os recursos sejam distribuídos de forma justa e equitativa para todas as famílias brasileiras.
Simone Tebet que Pente Fino no CadÚnico irá excluir milhões de pessoas
De acordo com Simone Tebet, a revisão do Cadastro Único para Programas Sociais é uma obrigação legal, constitucional e foi determinada pelo Tribunal de Contas da União.
A ministra mencionou também que há incerteza sobre o número de pessoas que estão recebendo de forma irregular. “Não estamos sabendo se são 1,5 milhão ou 2 milhões de pessoas”
. Embora não tenha mencionado diretamente o governo de Jair Bolsonaro, ela afirmou que o CadÚnico foi “destruído”.
“Vamos ter 2 meses para estruturar, vai haver o bloqueio, o dinheiro vai ser depositado e a pessoa tem que ir lá para poder levantar o dinheiro”, disse.
Há uma dúvida de quantas pessoas estariam ganhando Auxílio sem se enquadrar nas regras. Pessoas que não estão passando fome, que não dependem do dinheiro para comprar comida.
Isso é ilegal. Isso faz com que você gaste dinheiro de um lado com quem não precisa, enquanto há 33 milhões de brasileiros passando fome”.