Samuel
O piso do salário mínimo é a menor quantia de dinheiro que os empregadores podem legalmente pagar a seus funcionários. No Brasil, a Constituição determina que o salário deve ser suficiente para atender às necessidades básicas do empregado e de sua família. A quantidade também utilizada como base para benefícios e contribuições do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Desde o ano passado, os brasileiros defendem um aumento salarial maior do que o valor pago atualmente como salário mínimo. No entanto, o governo encontrou dificuldades em equilibrar isso com as contas e o orçamento.
Neste ano, o valor do salário mínimo foi estabelecido em R$ 1.302, mas a expectativa é que esse valor aumente no futuro. Com isso, veja abaixo o que falta para que o aumento ocorra.
Fatores para o aumento do salário mínimo
A ministra do Planejamento do governo Lula, Simone Tebet, disse em entrevista ao que pode haver um aumento do salário mínimo em maio. Para que o aumento ocorra de fato, algumas reduções de gastos serão necessárias.
Simone Tebet afirmou que, ao se encontrar com o presidente Lula, chegou a um acordo que lhe permitiria fechar o negócio se o aumento salarial fosse de 10%, independentemente do valor, ela apresentaria o quadro financeiro das contas da União e indicaria se foram ou não capazes de cortá-los. Depois disso, o líder determinará de onde virão os fundos para isso.
O valor do salário mínimo era originalmente de R$ 1.302, mas depois das eleições, o governo Lula começou a questionar a necessidade de aumentá-lo para R$ 1.320. O gasto com esse aumento, no entanto, é maior do que o previsto durante a campanha eleitoral.
Para aumentar o salário mínimo neste ano, um grupo de trabalho criado pelo governo federal está fazendo uma análise, e a decisão terá de ser tomada pelo presidente Lula. O ministro disse que, caso o presidente decida por uma nova realocação, o Ministério do Planejamento apresentará exemplos de áreas que podem reduzir gastos para pagar a conta.
Verba para conceder o aumento
A ministra Simone Tebet explicou que o ministério tem acompanhado as contas públicas para identificar áreas de economia. Ela reconhece que já tem alguns conselhos sobre quais áreas têm maior probabilidade de receber reduções de financiamento, mas que não divulgará essas informações publicamente neste momento.
O ministro reconhece que o cuidado é evitar discutir o que é ou não prioritário para o governo, o que impediria uma discussão dessa natureza.
