Samuel
Na última terça-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se viu em uma situação complicada ao anunciar que o governo desistiu de acabar com a isenção de remessas internacionais entre pessoas físicas com valor de até 50 dólares, como da empresa Shein.
Recuo do governo
O recuo motivado pela repercussão negativa junto a setores estratégicos para o governo petista. Contudo, a ordem para o cancelamento da medida veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O problema é que Haddad foi o responsável por fazer o anúncio, deixando-o exposto à opinião pública como o ministro que tentou taxar a Shein. Pois, conquistaram uma clientela fiel em várias camadas da sociedade, especialmente na classe média.
Esse episódio evidencia uma falta de cálculo político por parte do governo e uma possível falta de apoio de Lula ao seu possível sucessor. A escolha de Haddad para anunciar o recuo pode ser vista como uma estratégia de delegar a ele a responsabilidade por toda a trapalhada.
Empresa chinesa Shein
É importante destacar que a Shein, configura como uma das empresas mencionadas, e tem causado polêmica por conta de suas práticas de trabalho precárias e baixos salários. Portanto, a discussão sobre taxação de empresas estrangeiras que atuam no país deve ser conduzida com cautela e levando em consideração não apenas as questões econômicas, mas também as sociais e trabalhistas.
Desse modo, a situação vivida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar o recuo do governo na decisão de acabar com a isenção de remessas internacionais entre pessoas físicas com valor de até 50 dólares como a da empresa Shein, expõe uma falta de cálculo político do governo e uma possível falta de apoio de Lula ao seu possível sucessor.
Além disso, a escolha de Haddad para anunciar o recuo em relação a Shein pode ser vista como forma de delegar a ele a responsabilidade. E isso pode comprometer sua imagem perante a opinião pública, principalmente por ter sido um dos principais defensores da medida que gerou grande repercussão negativa, especialmente junto a setores estratégicos para o governo petista.
Assim, fica evidente que o governo precisa ser mais cauteloso e estratégico em suas decisões políticas e na escolha dos responsáveis por anunciá-las. Caso contrário, poderá enfrentar uma série de desgastes e questionamentos, prejudicando não só a imagem do governo, mas também de seus possíveis sucessores.
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