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Supersalários no Judiciário: Benefícios Incluídos Levam 9 Juízes à Marca de R$ 1 Milhão

Juízes recebem mais de R$ 1 milhão em benefícios: uma análise dos supersalários no Judiciário

Juízes Receptores de Salários Astronômicos
Juízes Receptores de Salários Astronômicos

De acordo com uma investigação meticulosa realizada pelo portal Uol, um conjunto de nove juízes obteve, apenas no ano de 2022, a quantia impressionante de mais de R$ 1 milhão. Esse valor, pago por três diferentes tribunais – incluindo o TRF4 -, inclui tanto remunerações básicas quanto benefícios variados, como auxílio-moradia e adicional por tempo de serviço. Nesse sentido, a discussão em torno da legitimidade de tais pagamentos surge.

O levantamento, feito em todos os 92 tribunais do Judiciário, identificou nove supersalários – aqueles que ultrapassaram a faixa de R$ 1 milhão. Além disso, desde 2020, foram registrados mais de 30 mil salários acima de R$ 100 mil. Estes números preocupantes despertam questionamentos sobre a equidade e justiça social no nosso país.

Supersalários: um retrato da desigualdade no Brasil?

Curiosamente, Gabriel Carvalho, desembargador aposentado do TJ de Rondônia e detentor do terceiro maior salário desde 2020 (R$1,18 milhão, em valores brutos), considera justo o pagamento retroativo do auxílio-moradia. Em declaração ao Uol, ele afirmou: “Ajuda bem, é claro. Não vinha dependendo disso porque a gente se acostuma a viver com o pouco. Já gastei… foi bem-vindo. Eu quitei uma coisinha. Comprei um imovelzinho aqui, tá certo? Reformei um apartamentinho. Eu não jogo dinheiro fora, não”.

Por que esses salários extrapolam o teto?

Esses contracheques são até 35 vezes superiores ao teto constitucional, o qual é baseado nos vencimentos dos ministros do STF. Isso é possível por conta de benefícios como o auxílio-moradia e o adicional por tempo de serviço. Ambos são atualmente alvo de várias contestações.

E o futuro dos supersalários?

Quando analisamos esses dois benefícios, percebemos que existem singularidades em seus regimes. Com o auxílio-moradia, por exemplo, o pagamento retroativo foi proibido em 2018 pelo CNJ, mas os altos salários do TJ de Rondônia foram inflados por esses pagamentos, retroativos a anos anteriores à decisão CNJ. Por outro lado, o adicional por tempo de serviço estava suspenso por 17 anos, porém uma decisão do Conselho da Justiça Federal (CJF) o restabeleceu, trazendo de volta o benefício a magistrados federais que ingressaram na carreira até 2006. Porém, uma nova decisão do corregedor do CNJ suspendeu novamente este pagamento em abril de 2023. A tendência é que a discussão a respeito do tema continue em evidência no setor judiciário e na sociedade como um todo.

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