Vanessa Ramos
Recentemente, tem havido um aumento alarmante no número de solicitações do seguro-desemprego por parte dos trabalhadores brasileiros. Esse benefício é assegurado a todos os empregados com carteira assinada e pode ser requerido quando ocorre a demissão. Sobretudo, proporcionando uma renda temporária para sustentar-se até encontrar uma nova oportunidade de trabalho.
Seguro-desemprego
O valor do pagamento é calculado com base na média dos três últimos salários antes da demissão, sendo determinado pelo Ministério do Trabalho.
Os trabalhadores têm direito a receber de três a cinco parcelas do seguro-desemprego, dependendo do período que trabalharam antes da solicitação.
Por exemplo, quem trabalhou por seis meses recebe três parcelas, enquanto aqueles que trabalharam por doze meses recebem quatro parcelas, e assim por diante. O benefício é custeado pelo próprio Governo Federal.
Apesar de algumas notícias positivas no mercado de trabalho, como a queda da taxa de desemprego de 14,9% no primeiro trimestre de 2021 para 8% em 2023. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também há sinais de desaceleração.
Aumento nas solicitações
A LCA Consultores realizou um levantamento que revelou um aumento significativo no número de solicitações de seguro-desemprego nos últimos doze meses. Chegando a 7 milhões, um número superior aos registros de 2018 e 2019, períodos em que a pandemia afetou a economia.
O economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, afirma que esse aumento reflete a dificuldade das empresas em criar vagas de emprego de qualidade, devido à redução da demanda e ao aumento das taxas de juros, o que leva os empregadores a repensarem seus investimentos e ajustarem seus quadros de funcionários.
Embora a economia tenha criado mais de 1 milhão de empregos de carteira assinada no primeiro semestre de 2023, esse número representa uma queda significativa em relação ao mesmo período de 2022, com uma redução de 26,3%, quando foram criados 1,38 milhão de empregos.
A desesperança em relação à recuperação econômica pode ser um fator que dificulta o aumento de empregos em alguns setores, como o agronegócio, que teve um desempenho excepcional no início de 2023, mas enfrenta incertezas atualmente, assim como outros setores.
