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VEJA! Bradesco emprestou mais do que deveria.

Dívida da Americanas com o Bradesco

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Bradesco assume erro que preocupa mercado

O CEO do Bradesco disse que a instituição financeira fez mais empréstimos do que deveria desde 2020.

Na última quinta-feira (8), o Bradesco anunciou que seu lucro recorrente de outubro a dezembro de 2022 caiu 76% em relação ao mesmo período de 2021. Entretanto, essa queda não se deve apenas à dívida milionária que a Bradesco Americanas tem com o banco. Assim, há outras razões para o fraco desempenho da instituição.

“A capacidade de lucro (do Bradesco) deteriorou-se muito. Recuperá-lo provavelmente levará tempo”, afirmaram especialistas do BTG Pactual, que estimam que o lucro do Bradesco em 2023 será cerca de 40% menor do que em 2021.

“Embora acreditemos que os investidores já esperavam resultados fracos para o quarto trimestre de 2022 e primeiro semestre de 2023, o guidance do Bradesco sugere um ambiente ainda mais difícil pela frente”, disse o Citi em relatório assinado por Rafael Frade e equipe.

O Bradesco anunciou na noite de quinta-feira que seu lucro recorrente de outubro a dezembro teve uma queda histórica de 76% ante mesma etapa de 2021.

Concessão de empréstimos

Por conta disso, Octávio de Lazari, CEO do Bradesco, afirmou em teleconferência que a instituição financeira tem feito mais empréstimos do que deveria desde 2020 durante a pandemia. Justamente quando os juros chegaram a 2% ao ano no aumento da inadimplência que impacta o banco.

Dessa forma, Lazari disse que o Bradesco estava “atrás da curva” ao assumir tal postura no final de 2022, quando a inadimplência já era alta.

Lazari, no entanto, defendeu o foco do banco em conceder empréstimos para empresas de baixa renda e pequenas e médias empresas, ou seja, justamente aquelas linhas em que a inadimplência mais cresceu. Assim, o executivo afirmou que ao longo dos anos essa estratégia se mostraria a mais acertada.

Volta à normalidade

Ainda de acordo com o CEO, do banco deve voltar a ter um retorno sobre o patrimônio líquido em torno de 18% ao final de 2024, graças a uma melhor produção e uma gradual normalização do custo de capital.

No entanto, os analistas não estão tão otimistas. “A margem financeira líquida e os altos custos de provisionamento provavelmente manterão o ROE abaixo do custo de capital em 2023 e 2024”, disse o Itaú ao BBA, acrescentando que o Bradesco não deve se sair melhor nos próximos dois anos.

Dívida da Americanas com o Bradesco

Além disso, os bancos travaram uma verdadeira guerra para recuperar os valores emprestados aos americanos. Vale lembrar que o vendedor entrou com ação judicial, o que significa que a dívida não é quitada tão cedo. Um dos maiores perdedores é o Bradesco, para quem a Americanas deve 4,798 bilhões.

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