Considerando-se a empresa líder do setor nos últimos quatro anos pelo Concurso Brasileiro de Cervejas de Blumenau, a Cervejaria Backer está atualmente enfrentando um processo de recuperação judicial devido a uma dívida de R$ 55,4 milhões. A situação financeira crítica remonta ao final de 2019.
Backer
A Cervejaria Backer é uma conhecida cervejaria artesanal brasileira, localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Sobretudo, fundada em 1999 por Halim Lebbos, a Backer ganhou destaque ao longo dos anos por produzir cervejas de alta qualidade e sabor diferenciado.
A Backer começou como uma cervejaria familiar, produzindo pequenas quantidades de cerveja para atender a demanda local. No entanto, sua reputação cresceu rapidamente à medida que suas cervejas começaram a ganhar prêmios em competições nacionais e internacionais. Isso permitiu que a cervejaria expandisse sua produção e ampliasse sua distribuição para outras regiões do Brasil.
De dato, uma das cervejas mais famosas da Backer é a “Belorizontina”, uma cerveja do estilo Pilsen que conquistou muitos fãs. Ela é conhecida por seu sabor refrescante e equilibrado. Portanto, a cervejaria também produz uma variedade de estilos, incluindo Ales, IPAs, Stouts e Witbiers, entre outros. Cada cerveja da Backer é cuidadosamente elaborada com ingredientes selecionados e passa por um rigoroso processo de produção.
Reconhecimento de melhor cervejaria
É importante lembrar que a cervejaria também foi reconhecida como a melhor cervejaria artesanal das Américas na Copa Cervezas de América, realizada no Chile e com a participação de 350 nomes do ramo. A história do negócio começou em 2000.
No entanto, no final do mesmo ano, a empresa começou a enfrentar uma crise sem precedentes. Isso ocorreu porque pelo menos 29 pessoas foram intoxicadas e 10 morreram após consumirem a cerveja Belorizontina, fabricada pela Backer na época. Vamos entender a controvérsia!
Escândalo envolvendo a Backer
Após o incidente, a Backer foi obrigada a recolher todos os lotes da cerveja que já haviam sido distribuídos. Dois anos depois, a fábrica foi interditada.
Na análise do produto que causou a intoxicação, sobretudo, foram encontradas substâncias utilizadas para a refrigeração de tanques, que causavam náuseas, vômitos e dores abdominais se ingeridas.
A substância em questão é o dietilenoglicol, e em casos de consumo, pode levar a insuficiência renal e problemas neurológicos. Tudo indica que foi isso que aconteceu com as vítimas que consumiram o produto.
Recuperação judicial da Backer
No pedido de recuperação judicial, a Backer mencionou que a interrupção das atividades da fábrica, além do pagamento de indenizações e despesas médicas para as pessoas afetadas, afetaram a situação financeira da empresa. Além disso, a produção em Belo Horizonte só foi retomada em 2022.
No documento judicial, a cervejaria também alegou que tentou buscar parcerias para retomar a produção. No entanto, o cenário político, incluindo as eleições presidenciais e a mudança de governo, fez com que possíveis investidores desistissem da parceria.