Vanessa Ramos
O Programa Bolsa Família voltou a vigorar oficialmente em março deste ano, pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobretudo, passou por algumas mudanças em seu modelo de transferência de renda.
Com essas alterações, foram criadas novas opções para consultar os dados do beneficiário, valores e cronograma de pagamento.
Novo adicional
Em julho, o programa atendeu a um total de 20,9 milhões de famílias, com um gasto previsto de R$ 14 bilhões. Adicionalmente, foi concedido um valor adicional de R$ 50 para famílias com gestantes e filhos entre 7 e 18 anos. Dessa maneira, um adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos. Isso significa que o valor total do benefício pode chegar a R$ 900 para aqueles que atendem aos requisitos para receber ambos os adicionais.
Devido à integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), cerca de 341 mil famílias foram excluídas do programa governamental em julho. Pois a renda dessas famílias estava acima do limite permitido para receber o benefício.
Novas famílias incluídas
Por outro lado, cerca de 300 mil famílias foram incluídas no programa em julho devido à política de busca ativa. Sobretudo, que concentra esforços para incluir as pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não estão recebendo o benefício. Desde março, mais de 1,3 milhão de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.
Outra mudança implementada em julho beneficia cerca de 2,2 milhões de famílias, permitindo que elas recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos caso algum membro da família consiga emprego e melhore sua renda. Todavia, desde que o valor recebido individualmente seja equivalente a até meio salário mínimo. O benefício médio para essas famílias ficou em R$ 378,91.
O programa social voltou a ser chamado de Bolsa Família desde o início do ano, e o valor mínimo de R$ 600 foi assegurado após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição. Além disso, o pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após uma revisão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) para eliminar fraudes.
Pagamentos do programa
No formato tradicional do Bolsa Família, os pagamentos são efetuados nos últimos dez dias úteis de cada mês. Os beneficiários podem conferir informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem. Sobretudo, que é utilizado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
É importante destacar que, neste mês, não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Pois esse benefício é pago a cada dois meses, e o próximo pagamento será em agosto. Para receber o Auxílio Gás, é necessário estar incluído no CadÚnico e ter pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Mulheres responsáveis pela família e vítimas de violência doméstica têm preferência no programa.
Com a integração dos dados do Bolsa Família com o CNIS e a implementação de políticas de busca ativa, o programa busca garantir que as famílias mais vulneráveis tenham acesso ao benefício de forma eficiente, promovendo a inclusão social e a redução da desigualdade, proporcionando suporte financeiro para as famílias em situação de vulnerabilidade econômica.
